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Abertura dos mercados: Bolsas europeias tremem. Petróleo soma 6% no mês
Com as negociações comerciais entre Washington e Pequim a marcarem o ritmo dos mercados em novembro, os receios mais recentes não são suficientes para anular o otimismo que reinou no mês.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,09% para 5.146,46 pontos
Stoxx 600 perde 0,29% para 408,07pontos
Nikkei desvalorizou 0,49% para 23.293,91 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,8 pontos base para os 0,388%
Euro cede 0,04% para os 1,1005 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,16% para os 63,77 dólares o barril
Bolsas europeias caem, mas preparam-se para o terceiro mês de ganhos
As bolsas europeias seguem em queda, numa altura em que os investidores aguardam desenvolvimentos sobre as negociações comerciais entre os EUA e a China. Os receios de um novo impasse nas negociações aumentaram depois de Donald Trump ter promulgado a legislação (aprovada por unanimidade no Senado americano) de apoio aos manifestantes de Hong Kong.
A promulgação da legislação foi conhecida na quarta-feira à noite e na quinta-feira as bolsas americanas estiveram encerradas devido ao Dia de Ação de Graças, o que também retirou muitos investidores do mercado. Esta sexta-feira também promete ser marcada por uma liquidez menor nos mercados, uma vez que a sessão bolsista nos EUA é mais curta (as bolsas só negoceiam metade da sessão) ainda devido à época festiva.
Na Europa, a tendência é assim de quedas generalizadas naquela que é a última sessão bolsista do mês de novembro. Apesar destas descidas recentes, novembro será de ganhos, o que se se confirmar representará o terceiro mês consecutivo de subidas nas praças europeias.
O Stoxx600 segue a descer 0,29% neste início de sessão de sexta-feira, uma queda que reduz para 2,85% o ganho do mês.
Na bolsa nacional o cenário é semelhante. O PSI-20 recua 0,09% esta sexta-feira, mas ainda assim acumula uma subida de 0,52% em novembro.
Juros portugueses abandonam subidas
Os juros da dívida a dez anos em Portugal descem 0,8 pontos base para os 0,388%, depois de duas sessões consecutivas de subidas. Na Alemanha, as obrigações com a mesma maturidade também descem 0,7 pontos base para os -0,369%, pelo que o prémio da dívida portuguesa face à germânica está nos 75,7 pontos base.
Euro com maior queda mensal desde julho
A moeda única europeia segue com uma quebra ligeira de 0,04% para os 1,1005 dólares. Olhando a semana, esta foi a segunda consecutiva em que o euro deslizou, contribuindo para um saldo negativo no acumulado do mês. Em novembro, a divisa do bloco europeu cai 1,31%, a maior quebra mensal desde julho.
O dólar tem levado a melhor tendo em conta dados animadores quanto à economia norte-americana e a crescente sintonia que aparentemente tem reinado nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Petróleo segue para a quarta semana a subir
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a desvalorizar 0,16% para os 63,77 dólares, contando a terceira sessão consecutiva no vermelho. O evento na mente dos investidores é a reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na qual a perspetiva é a de que se mantenha a atual política de cortes, tendo em conta o relatório apresentado ontem e que vai servir de base à discussão da próxima semana.
Contudo, o saldo semanal e até o mensal – nesta sexta-feira que marca o último dia de novembro – é positivo. Esta é a quarta semana de ganhos para o barril de Brent que, no mês, segue a somar 5,94%. A impulsionar as cotações esteve o otimismo quanto ao avanço de um acordo comercial parcial entre os Estados Unidos e a China.
Ouro perde há duas semanas
O otimismo quanto às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China tem sustentado subidas nos mercados acionistas, afastando os investidores de ativos de refúgio como é o caso do ouro. O metal amarelo segue esta sexta-feira com uma ligeira subida, de 0,08% para os 1.457,37 dólares, mas o desempenho no mês é negativo em 3,69%. Esta semana é a segunda em que este metal precioso se fica pelo vermelho, com uma quebra de 0,31% no acumulado desde segunda-feira.