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Abertura dos mercados: Bolsas e juros recuperam. Petróleo ganha mais de 2% com intervenção da Arábia Saudita
O verde é hoje a cor dominante nos mercados bolsistas, depois de a China ter voltado a intervir e a aliviar os receios dos investidores. As bolsas sobem e os juros recuperam. Já o petróleo está a disparar mais de 2% depois de a Arábia Saudita ter deixado claro que vai fazer o que for preciso para não deixar os preços da matéria-prima afundarem.
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,88% para os 4.879,85 pontos
Stoxx 600 ganha 0,81% para os 371,6 pontos
Nikkei valorizou 0,37% para 20.593,35 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,5 pontos base para 0,213%
Euro aprecia 0,18% % para 1,1219 dólares
Petróleo em Londres sobe 2,21% para 57,47 dólares o barril
Europa recupera pela segunda sessão consecutiva
Na Europa, o arranque da sessão é positivo com o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, a valorizar 0,81% para os 371,6 pontos. Apesar da valorização pela segunda sessão consecutiva, o Stoxx 600 ainda não conseguiu recuperar das fortes perdas da semana passada.
O mercado bolsista europeu é contagiado hoje pela onda verde da Ásia onde as bolsas valorizaram. A dar otimismo aos investidores esteve a taxa de câmbio fixada pelo Banco Popular da China, o que contribuiu para a valorização da divisa chinesa face ao dólar, afastando as preocupações que marcaram o arranque da semana e provocaram fortes quedas nos quatro cantos do mundo.
As valorizações são transversais a quase todos os setores do Stoxx 600, com especial destaque para o setor tecnológico e o da saúde. Entre as cotadas, há boas e más notícias. A Deutsche Telekom viu os seus lucros aumentarem 7,1% ao passo que a Thyssenkrupp apresentou um prejuízo trimestral de 94 milhões de euros, tendo feito outro profit warning.
Nas principais praças europeias, o sentimento dos investidores também é positivo. É esse o caso do PSI-20 que está a valorizar 0,88% para os 4.879,85 pontos, acumulando também duas sessões em alta. Nas subidas o destaque vai para o BCP, que interrompe assim um ciclo de 11 quedas, para a EDP Renováveis, que atingiu máximos históricos, e para a Galp Energia que sobe num dia em que o petróleo recupera entre 2 a 3%.
Juros sobem e aliviam de máximos
As taxas de juro associadas às dívidas soberanas estão a subir em todos os prazos e na generalidade dos países, num dia em que os investidores parecem estar a aliviar a pressão sobre os mercados.
Assim, a taxa implícita na dívida a 10 anos de Portugal está a subir 3,5 pontos base para 0,213%. Já a taxa alemã está a avançar 2 pontos para 0,565%.
Yuan sobe após nova intervenção do banco central
A moeda chinesa está a valorizar face ao dólar, depois de o banco central ter fixado uma taxa de câmbio (a partir do qual o renminbi pode variar abaixo ou acima) "mais forte" do que o esperado pelos analistas. O Banco Popular da China dá assim alguma segurança aos investidores de que quer a moeda estabilizada face ao dólar. O yuan está a subir 0,3% para 7,0039 yuans por dólar.
Petróleo sobe mais de 2% com intervenção da Arábia Saudita
A Arábia Saudita está empenhada em não deixar afundar os preços do petróleo e, depois das quedas acentuadas observadas nos últimos dias – que levaram o Brent a deslizar mais de 20% desde abril -, contactou outros produtores de petróleo para discutir potenciais respostas do setor.
A Arábia Saudita não vai tolerar uma queda contínua dos preços do petróleo – que recuaram para mínimos de sete meses – e está a considerar todas as hipóteses, revela a Bloomberg, que cita fonte oficial da Arábia Saudita.
Os preços do petróleo registaram fortes quedas nos últimos dias, muito devido aos receios relacionados com uma contração da economia mundial, num ambiente de elevada incerteza sobre a guerra comercial entre os EUA e a China. A contribuir para a descida da última sessão – que arrastou os preços para mínimos de sete meses – esteve também o aumento das reservas dos EUA.
O preço do barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 2,21% para 57,47 dólares.
Níquel dispara para máximos de abril de 2018
O níquel disparou 13% para 16.690 dólares a tonelada, numa altura em que se especula se a Indonésia está a restringir a sua política de exportações deste metal.
Já o ouro está a recuar 0,24% para 1.497,57 dólares por onça, depois de ontem ter superado, pela primeira vez os 1.500 dólares, com os investidores a refugiarem-se neste metal precioso devido aos receios em torno da guerra comercial e dos seus impactos económicos.