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Abertura dos mercados: Bolsas continuam no vermelho e petróleo alivia ganhos recentes
Depois da forte subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais na última sessão, neste início de semana a matéria-prima regista um ligeiro alívio. Bolsas e euro no vermelho.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,38% para 5.166,56 pontos
Stoxx 600 cai 0,21% para 373,42 pontos
Nikkei desvalorizou 0,40% para 19.393,13 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 4,1 pontos para 2,733%
Euro desvaloriza 0,14% para 1,1744 dólares
Petróleo perde 0,27% para 52,58 dólares por barril
Bolsas em queda
As principais praças europeias estão a negociar em queda, podendo estar a reflectir os receios dos investidores em torno de questões de geopolíticas internacionais. Na semana passada, houve dois ataques terroristas em Espanha e um na Finlândia, o que pode estar a alimentar as preocupações do mercado e a penalizar a evolução das acções.
Além disso, os investidores podem estar a digerir ainda a retirada do mais importante conselheiro do presidente Donald Trump, Steve Bannon. Isto numa altura em que os Estados Unidos e a Coreia do Sul prosseguem com os exercícios militares.
A liderar a queda no Velho Continente está o principal índice holandês, que desce 0,60%, seguido pelo francês CAC40, que perde 0,56%. O PSI-20 desce 0,38%, com a Sonae a recuar 1,96% para 95,1 cêntimos, a Mota-Engil a recuar 1,37% para 2,375 euros e o BCP desce 0,48% para 22,89 cêntimos.
Juros descem
Os juros da dívida pública portuguesa continuam a descer no mercado secundário, estando a maturidade a dez anos (considerado o prazo de referência) descer 4,1 pontos base para 2,733%. Os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida alemã no mesmo prazo recuam 1,2 pontos base para 0,403%. O prémio de risco da dívida nacional, medido pela diferença entre a dívida nacional e a dívida alemã, está nos 228,9 pontos.
Nota ainda para os juros de Espanha. Na passada sexta-feira, 24 horas após o atentado em Barcelona, os juros do reino espanhol avançavam. Contudo, esta segunda-feira verifica-se um ligeiro alívio, estando os juros a dez a anos a descerem 2,9 pontos base para 1,532%.
Euro no vermelho à espera de Jackson Hole
No próximo dia 24 de Agosto, começa o simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos. Um evento aguardado pelo mercado dado que vários representantes de bancos centrais costumam participar. Mario Draghi do Banco Central Europeu é dos líderes que vai marcar presença. Mas, e de acordo com duas fontes da Reuters, na sua intervenção o líder do BCE não vai transmitir nenhuma mensagem nova no âmbito da política monetária do banco central.
Esta indicação pode estar a penalizar o euro que, por esta altura, desce 0,14% para 1,1744 dólares.
Petróleo alivia dos ganhos recentes
Na última sexta-feira, tanto o West Texas Intermediate como o Brent do Mar do Norte terminaram o dia com ganhos superiores a 3%, depois de os stocks dos EUA terem dado sinal de queda e os investidores estarem a acreditar que o ambiente político em Washington possa ser favorecido pela saída do estratega de Donald Trump, Steve Bannon, da Casa Branca. Após esta subida, os preços da matéria-prima estão esta segunda-feira a aliviar. O WTI desce 0,16% para 48,43 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte (referência para Portugal) recua 0,27% para 52,58 dólares por barril.
Ouro com sinal mais
Na última sexta-feira, o ouro chegou a negociar nos 1.300 dólares por onça, embora no fecho da sessão o metal precioso estivesse em queda e a negociar nos 1.284,13 dólares por onça. Contudo, nesta segunda-feira o metal amarelo voltou aos ganhos, subindo 0,32% para 1.288,28 dólares por onça, numa altura em que os investidores continuam a acompanhar os exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul e aguardam pelo simpósio de Jackson Hole.