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Abertura dos mercados: Bolsas animadas e euro alivia ganhos no arranque da semana

As principais bolsas europeias estão a negociar em alta nesta segunda-feira, apesar dos receios em torno da Coreia do Norte e do furacão Irma. O euro, depois das subidas recentes, está a aliviar dos ganhos estando contudo acima dos 1,20 dólares.

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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,08% para 5.105,52 pontos

Stoxx 600 avança 0,75% para 378,31 pontos

Nikkei valorizou 1,41% para 19.545,77 pontos

Juros a 10 anos recuam 1,5 pontos-base para 2,784%

Euro desvaloriza 0,18% para 1,2014 dólares
Petróleo Brent recua 0,32% para 53,61 dólares por barril


Bolsas europeias com sinal mais

As principais praças europeias arrancaram a semana em terreno positivo, numa altura em que o furacão Irma está em território norte-americano e deixa um rasto de devastação. Os prejuízos devem ser avultados, apesar de nas últimas horas o fenómeno natural estar a perder força.

Uma estimativa do Serviço de Meteorologia privado Accuweather, estima que os prejuízos sejam na ordem dos 240 mil milhões de euros. As companhias aéreas cancelaram cerca de 11 mil voos, as acções das seguradoras reagiram ainda na semana passada, registando fortes quedas, e o preço do sumo de laranja disparou nos mercados.

A captar a atenção dos investidores está também a questão da Coreia do Norte. O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje a pedido dos Estados Unidos para votar uma resolução que poderá impor as sanções mais severas de sempre à Coreia do Norte na sequência do seu último ensaio nuclear. O regime norte-coreano já reagiu entretanto e prometeu retaliar se as sanções forem aprovadas.

A liderar os ganhos no Velho Continente está o francês CAC40, que soma 1,14%, seguido muito de perto pelo espanhol IBEX35, que ganha 1,11%. O Stoxx 600, índice de referência, valoriza 0,75%. Em Lisboa, o PSI-20 ganha 0,08%, estando nomeadamente as acções do BCP a impedir uma subida mais acentuada.


Juros da dívida recuperam parte dos avanços de sexta-feira
As "yields" a que as obrigações portuguesas negoceiam a 10 anos aliviam no início desta sessão, à semelhança da generalidade dos prazos e do que também sucede com a dívida italiana e espanhola, depois de na semana passada o BCE ter atirado para Outubro a reflexão sobre o início da retirada dos estímulos monetários na Zona Euro.

O prémio de risco (diferencial para o juro pago nas obrigações alemãs a 10 anos) alivia ligeiramente para 245,27 pontos base, a dois dias de Portugal ir aos mercados para captar até 1.000 milhões de euros, em obrigações a 10 anos. E na semana em que a Standard & Poor’s (próxima sexta-feira) deverá pronunciar-se sobre o "rating" de Portugal.

Euro alivia dos ganhos recentes

A valorização da moeda da Zona Euro sofreu uma travagem, estando esta segunda-feira a aliviar dos ganhos recentes. O euro desce 0,18% para 1,2014 dólares. Esta evolução da moeda do Velho Continente tem lugar numa altura em que o dólar está a ganhar fôlego, beneficiando do facto de os receios em torno do furacão Irma estarem a atenuar-se – numa altura em que está já na categoria 1 – e que o aniversário da Coreia do Norte, registado durante o fim-de-semana, passou sem que o regime tenha feito um teste nuclear.


Irma empurra petróleo para valorizações em Nova Iorque
Os efeitos do furacão Irma em território norte-americano estão a condicionar os preços do barril de petróleo em Nova Iorque, numa altura em que a escala do fenómeno se reduziu e cerca de 6% da capacidade de refinação dos EUA - de um total de 25% de capacidade afectada desde há duas semanas pelo furacão Harvey - ainda está por recuperar.

O analista Michael McCarthy, da CMC Markets, atribui ainda a valorização a uma recuperação face à queda de sexta-feira, esperando que o valor por barril supere os 50 dólares, ainda que não no curto prazo. Já em Londres, o preço do Brent do Mar do Norte está em desvalorização, depois de ter estado a ganhar ligeiramente ao início da manhã.

Ouro abranda pela segunda sessão
A ausência de um escalar da tensão – como era esperado no fim-de-semana – entre a Coreia e os EUA, além do regresso do dólar às apreciações está a dar a segunda sessão de quedas ao ouro.

"O ouro não está a ser tão atractivo como na semana passada. (…) E o dólar norte-americano está a recuperar também algumas das perdas da semana passada," disse o analista Jingyi Pan, da IG Asia, à Bloomberg.

Já o mercado chinês deverá conduzir a apreciação de matérias-primas como o tungsténio e metais usados na construção de baterias para automóveis eléctricos. Usado em mísseis balísticos, 80% da produção do tungsténio localiza-se na China, que está a impor regras para as minas mais poluentes. Já minerais como o lítio poderão ver o preço subir perante a promessa da China em estabelecer uma data para o fim de vendas de automóveis alimentados por combustíveis fósseis. 

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