Notícia
Wall Street no vermelho. Petróleo recua. Europa tomba pelo quinto dia
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa cai pela quinta sessão consecutiva
As bolsas europeias encerraram em terreno negativo pela quinta sessão consecutiva, com os investidores a prepararem-se para a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos, na quinta-feira. O receio é que os preços elevados venham confirmar a postura mais agressiva da Reserva Federal norte-americana.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - caiu 0,56% para 387,95 pontos, com os setores químico, da energia e tecnológico a terem os piores desempenhos. As ações dos semicondutores estiveram sob pressão, após uma venda generalizada, no seguimento de novas restrições ao acesso da China a tecnologia americana.
Já nos restantes índices europeus, o alemão DAX fechou a sessão a perder 0,43%, enquanto o francês CAC-40 cedeu 0,13%, o AEX, em Amesterdão, recuou 0,76%, o britânico FTSE 100 caiu 1,06% e o italiano FTSEMIB caiu 0,87%.
Juros aliviam na Europa
Numa sessão em que as bolsas europeias negociaram em baixa, os investidores privilegiaram ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verificou de novo na Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos fecharam a ceder 0,8 pontos base para 3,348%, ao passo que em França, no mesmo vencimento, recuaram 3 pontos base para se fixarem em 4,425%.
Por seu lado, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, aliviaram 4,1 pontos base para 2,290%.
Em Espanha, também no vencimento a 10 anos, os juros deslizaram 1,6 pontos base, para 3,449%.
Em contraciclo estiveram as "yields" de Itália e da Grécia, que somaram 4,2 e 4,8 pontos base, respetivamente.
Euro ganha face ao dólar
O euro está a valorizar face ao dólar, com os preços do petróleo a recuar num contexto de receio global com o crescimento económico, e com o banco central chinês a reiterar que vai impedir grandes flutuações na sua moeda.
A moeda única sobe 0,31% para 0,9732 dólares, num contexto de subida dos preços do gás na Europa e descida do preço das obrigações italianas.
Ouro estabiliza após quedas ao início do dia
O ouro segue a valorizar, depois de, esta manhã, ter estado a negociar perto do valor mais baixo da semana. Desde que atingiu o pico em março, o metal amarelo já perdeu um quinto do valor, prejudicado pela contínua subida das taxas de juro da Reserva Federal dos Estados Unidos e pela valorização do dólar.
O ouro ganha 0,13% para 1.670,74 dólares por onça, ao passo que a platina cede 1,11% para 892,00 dólares e o paládio cai 2,40% para 2.131,90 dólares.
"Enquanto o vento de proa gerado pelo dólar americano e pela escalada (real) das 'yields' persistir é provável que o ouro permaneça na defensiva", escreveram analistas do Commerzbank AG numa nota aos clientes, citada pela Bloomberg.
Receios de recessão, dólar forte e covid na China penalizam petróleo
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, pressionados sobretudo pelas perspetivas de recessão mundial, pelo dólar forte e pelo reacender de casos de covid-19 na China.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 1,68% para 94,57 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,77% para 89,52 dólares por barril.
As cotações prolongam assim as quedas de segunda-feira, com o sentimento dos investidores a ser pressionado pelos alertas do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que veem riscos de uma recessão global – ao mesmo tempo que a inflação continua a ser um problema.
Também o reacender de casos de covid-19 na China está a penalizar, já que suscita receios de uma diminuição da procura por combustível.
A castigar os preços do crude está também a robustez do dólar. A moeda norte-americana está a ganhar terreno com os receios em torno de novos aumentos fortes dos juros diretores pelos bancos centrais e em torno da escalada da guerra na Ucrânia.
O petróleo é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
Wall Street no vermelho, tecnológicas pressionam
Wall Street está a negociar pelo quarto dia em terreno negativo, à semelhança das bolsas europeias que têm também registado perdas nos últimos dias. Isto numa altura em que os investidores começam a olhar para a nova época de resultados e a forma como a política monetária poderá influenciar.
O "benchmark" S&P 500 perde 0,57% para 3.591,84 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,68% para 10.470,81 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,16% para 29.155,03 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado está a Meta, que tomba 3,89%, depois da Atlantic Equities ter diminuído para "neutral" as recomendações sobre as ações de várias tecnológicas, incluindo a dona do Facebook.
Esta é a uma semana crucial para o mercado acionista norte-americano, uma vez que é divulgada esta quinta-feira a inflação nos Estados Unidos, que poderá dar mais pistas sobre o caminho de política monetária a seguir por parte da Reserva Federal norte-americana.
Europa pinta-se de encarnado pelo quarto dia
As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo pelo quarto dia consecutivo, com as perspetivas de continuação da subida das taxas de juro a continuar a pesar na negociação.
O índice de referência para o Velho Continente, Stoxx 600, perde 0,77% para 387,12 pontos. A colocar maior pressão no "benchmark" está o setor mineiro, automóvel, banca e petróleo e gás - que registam uma queda superior a 1%.
"O 'mood' deve permanecer ansioso à medida que os mercados avaliam as perspetivas de uma subida em 75 pontos base pela Fed em Novembro, bem como os riscos de que a ação dos bancos centrais possam empurrar a economia global para uma recessão", revela o analista do CMC Markets, Michael Hewson, à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 perde 0,47%, o britânico FTSE 100 desce 0,8%, o espanhol IBEX 35 cai 0,41% e o italiano FTSEMIB recua 1,08%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,48% e o alemão DAX desliza 0,66%.
Juros aliviam na Zona Euro. Portugal e Itália são exceção
Os juros da dívida soberana estão a aliviar na Zona Euro. Apenas os juros da dívida italiana e portuguesa escapam à tendência.
Os juros das obrigações italianas a dez anos agravam 7,5 pontos base para 4,689%, ao passo que a "yield" da dívida soberana portuguesa cresce 0,4 pontos base para 3,359%.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para a Europa - perde 3,6 pontos base para 2,295%, enquanto os juros da dívida francesa recuam 2,7 pontos base para 2,879% e os juros da dívida espanhola cedem 0,2 pontos base para 3,462%.
Já fora da Zona Euro, a "yield" da dívida soberana britânica perde 5,4 pontos base para 4,405%.
Dólar soma e segue face a libra e euro
O euro segue a registar perdas face à moeda norte-americana.
A moeda única europeia cede 0,02% face ao dólar, para 0,97 dólares. Já a libra segue também a perder e recua 0,17% face ao dólar, para 1,1036 dólares
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – avança 0,02% para 113.166 pontos, com a nota verde a registar ganhos pelo quinto dia consecutivo.
Ouro segue em baixa com força do dólar
O ouro segue a negociar perto do valor mais baixo da semana, numa altura em que um dólar mais forte e uma expectativa de subida das taxas de juro está a pressionar a negociação deste metal precioso.
O metal precioso recua assim 0,25% para 1.664,47 dólares por onça.
Gás segue em queda e petróleo desvaloriza
O petróleo está a negociar em baixa à medida que aumenta o cenário de redução da procura, mesmo com o corte de produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+). Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas sinalizam que a política de covid zero não deverá ter, para já, o seu fim.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, perde 1,28% para 94,96 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,42% para 89,84 dólares por barril.
No mercado do gás, os preços continuam em queda, pelo terceiro dia, à medida que aumenta o armazenamento dos países europeus para o inverno que se avizinha. Ainda assim, os preços permanecem quatro vezes mais elevado que o normal nesta altura do ano.
A Alemanha, um dos países mais afetados por esta crise energética deverá apresentar mais medidas para diminuir o impacto dos preços da energia no consumidor, tais como subsídios para o consumo de gás às famílias e empresas.
O gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, recua 0,7% para 153 euros por megawatt-hora. Nas últimas duas sessões esta matéria-prima já tombou 12%.
Europa mira vermelho em dia de outlook económico. Ásia negativa
As principais praças europeias estão a apontar para um início de negociação em terreno negativo, pelo quarto dia consecutivo, numa altura que existem continuadas preocupações com a manutenção de uma política monetária restritiva, ao passo que a Rússia intensifica os seus ataques contra a Ucrânia, nomeadamente em Kiev.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,4%
Esta terça-feira os investidores vão estar a analisar o Outlook Económico Global e o Relatório de Estabilidade Financeira, por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na Ásia, a negociação foi igualmente com perdas, com o setor dos semicondutores a pesar, principalmente nas bolsas em Taiwan, Coreia do Sul e Japão.
Na China a negociação perdeu o alento que vinha a ganhar, depois do segundo meio de comunicação estatal ter apoiado a política de covid-zero chinesa, numa altura em que os investidores esperavam que houvesse um relaxamento dessas medidas no congresso do Partido.
"Pouco volume, muita volatilidade e incerteza, e um sentimento 'bearish' global, significa que os investidores vão ter uma reação exagerada em baixa face a qualquer notícia negativa", aponta o analista Olivier d’Assier da APAC, à Bloomberg.
No Japão, o Topix desceu 1,6% e o Nikkei perdeu 2,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 2,1%. Já na China o tecnológico Hang Seng perdeu 1,3% enquanto Xangai subiu 0,053%.