Os mercados em números

PSI-20 sobe 1,29% para 5.067,80 pontos

Stoxx 600 ganha 0,22% para 341,61 pontos

Nikkei desvalorizou 0,83% para 16.974,45 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3,3 pontos base para 2,944%

Euro recua 0,27% para 1,1078 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,57% para 38,96 dólares o barril

Bolsas europeias em alta ligeira

As bolsas europeias estão a negociar em alta ligeira esta quarta-feira, 16 de Março, dia em que termina a reunião de dois dias da Reserva Federal, que vai captar a atenção dos investidores. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,22% para 341,61 pontos.

Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 1,29% para 5.067,80 pontos impulsionado pelas cotadas da banca e pela Galp Energia. O BPI dispara 4,51% para 1,274 euros, o BCP ganha 2,98% para 4,49 cêntimos e a petrolífera avança 1,64% para 10,855 euros.

Juros da dívida descem na Europa

Depois de terem subido ontem pela primeira vez desde o BCE, os juros da dívida portuguesa estão em queda esta quarta-feira, acompanhando a tendência que se estende à generalidade dos países europeus. A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos cai 3,3 pontos base para 2,944% no dia em que o Tesouro português regressa aos mercados para dois leilões de bilhetes do tesouro com um valor indicativo máximo de 1.500 milhões de euros, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a descida é de 3,2 pontos base para 1,483%.

Dólar sobe antes da Fed

Pela primeira vez em três dias a divisa norte-americana está a valorizar face ao iene devido à especulação de que a Fed vai reafirmar o seu compromisso com a subida dos juros nos Estados Unidos, e depois de o Deutsche Bank ter dito que a presidente da Reserva, Janet Yellen, deverá abrir a porta a um novo aumento já em Abril.  

Por outro lado, o iene está a ser penalizado pelas declarações do governador do Banco de Japão, que garantiu haver margem para cortar os juros, que poderão ir até -0,5%.

O dólar está a subir 0,28% para 113,50 ienes. Já o euro desce 0,27% para 1,1078 dólares.

Petróleo em alta após duas sessões de quedas

O petróleo está a negociar em alta depois de duas sessões de perdas, impulsionado pelos dados do Instituto do Petróleo Americano, que mostram que o crescimento dos inventários abrandou na semana passada.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,07% para 36,73 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, ganha 0,57% para 38,96 dólares.

De acordo com o Instituto do Petróleo Americano, os inventários de crude aumentaram em 1,5 milhões na semana passada, a menor subida em um mês.

Ouro próximo de mínimos de duas semanas

O metal precioso está em queda ligeira esta quarta-feira, para negociar próximo do nível mais baixo em duas semanas. Os investidores aguardam pela conclusão da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana para obterem pistas sobre o rumo da política monetária este ano.

O ouro desce 0,10% para 1.231,11 dólares por onça, enquanto a prata cai 0,22% para 15,2458 dólares. 

Destaques do dia 

BPI: CaixaBank diz que ainda não chegou a acordo com Isabel dos Santos. Os accionistas espanhóis do BPI dizem que ainda não há acordo mas que continuam a manter contactos com a Santoro de Isabel dos Santos "para encontrar uma solução que possa ser aceitável para todas as partes".

Faria de Oliveira abre a porta a novas subidas das comissões bancárias. O presidente da APB lembra que garantir níveis de rentabilidade "razoáveis" deve ser a prioridade do sector. Só assim os bancos vão conseguir atrair investidores nacionais e estrangeiros, nota.

Galp está a renegociar contratos de gás da Argélia e da Nigéria. A energética portuguesa tem contratos de longo prazo para a compra de gás natural a estes dois países, mas já está a renegociá-los pois os contratos terminam nos próximos anos. A companhia está a olhar para outros operadores além destes dois e também está a estudar o gás de xisto norte-americano.

CFO da Galp: "Ninguém compra as nossas acções se tiverem um dividendo inferior ao do vizinho". A petrolífera vai aumentar o valor do dividendo a distribuir aos seus accionistas em 20% até 2017. A disciplina financeira permitiu que a cotada não alterasse os planos para continuar a competir com as pares no retorno que dá aos investidores.

Poupança nos poços explica novos cortes no investimento da Galp. A Galp Energia reduziu em 15% a sua meta de investimento até 2020. Explica o corte com o facto de o preço de "fazer um poço estar a cair a pique".

Rescisões, Angola e reestruturação explicam prejuízo de 46 milhões da Glintt. A tecnológica, que se encontra em reestruturação, melhorou as receitas mas teve de deixar de reconhecer várias empresas como suas. O que prejudicou os resultados líquidos obtidos no ano anterior.

Encomendas digitais empurram CTT para uma "nova era". As compras online já pesam mais de 20% da facturação da área de encomendas dos CTT, uma actividade que tem sido reforçada pelo grupo. A utilização de drones não é posta de parte pelos CTT, "mas será sempre uma coisa marginal e de nicho".

Brisa abre mercado de dívida ibérico à boleia do BCE. A concessionária avançou numa altura em que há um forte apetite dos investidores devido às compras anunciadas pelo BCE.

O que vai acontecer hoje

Reino Unido. O secretário do Tesouro do Reino Unido apresenta o orçamento anual à Câmara dos Comuns, bem como novas previsões de défice e de crescimento.

INE. Actividade turística, em Janeiro; Índices de preços na produção industrial, em Fevereiro.

EUA. Índice de preços no consumidor, relativo a Fevereiro; Produção industrial, em Fevereiro.

Fed. Conclusão de mais uma reunião de política monetária, após a qual serão conhecidas a decisão quanto à taxa de juro de referência.