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Abertura dos mercados: Bolsas, petróleo e euro em alta. Juros em queda

As bolsas europeias negoceiam em alta depois de a Fed ter sinalizado que a subida dos juros em Dezembro pode ser "apropriada" embora deva ser gradual. O euro sobe pela segunda sessão e os juros da dívida na Europa continuam a aliviar.

Bloomberg
19 de Novembro de 2015 às 08:41
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,45% para 5.402,99 pontos
Stoxx 600 ganha 0,58% para 381,53 pontos
Nikkei valorizou 1,07% para 19.859,81 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,8 pontos base para 2,444%
Euro sobe 0,16% para 1,0676 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,66% para 44,43 dólares

Bolsas europeias em alta após minutas da Fed
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta quinta-feira, 19 de Novembro, depois de terem sido divulgadas as minutas da última reunião da Fed, que mostram que a Reserva Federal considera que um aumento dos juros em Dezembro pode ser "apropriado", embora essa subida deva ser gradual. O índice Stoxx600 ganha 0,58% para 381,53 pontos.

A bolsa nacional segue em alta pela quarta sessão consecutiva, com o PSI-20 a subir 0,45% para 5.402,99 pontos. A impulsionar está sobretudo o BCP, que soma 1,9% para 5,4 cêntimos.

Juros a dez anos aliviam pela quinta sessão consecutiva
Os juros da dívida pública portuguesa prosseguem a tendência de alívio das últimas sessões, acompanhando a tendência que se verifica na generalidade dos países do euro. A ‘yield’ associada à dívida portuguesa a dez anos cai pela quinta sessão consecutiva. A descida é de 2,8 pontos base para 2,444%, o valor mais baixo desde 29 de Outubro.

Na Alemanha, os juros associados às obrigações a dez anos descem 2,4 pontos para 0,483%, enquanto em Espanha, para o mesmo prazo, o alívio é de 3,4 pontos para 1,698%.

Euro sobe pela segunda sessão

A moeda única europeia está a subir face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, depois de as minutas da última reunião da Fed terem revelado que o banco central norte-americano pondera subir os juros já na reunião de Dezembro.

"Poderá muito bem tornar-se apropriado iniciar o processo de normalização na próxima reunião", apontam as minutas da reunião realizada a 27 e 28 de Outubro. Os membros do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla anglo-saxónica) salientam, contudo, que "nenhuma decisão foi tomada", relativamente ao próximo encontro, marcado para 15 e 16 de Dezembro.

O euro sobe 0,16% para 1,0676 dólares.

Brent segue abaixo dos 45 dólares por barril
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, mantendo-se, contudo, próximo de mínimos de Agosto. Isto depois de a Administração de Informação de Energia ter revelado que as reservas de crude dos Estados Unidos subiram pela oitava semana consecutiva. As reservas aumentaram em 252 mil barris na semana passada.

O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, referiu ontem, no Dubai, que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está confiante que o mercado vai estabilizar por si mesmo.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,10% para 40,79 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, ganha 0,66% para 44,43 dólares.

Ouro recupera de mínimos de cinco anos
O metal precioso está em alta pelo segundo dia, depois de uma série de seis sessões consecutivas de perdas, que atiraram o ouro para mínimos de mais de cinco anos. Esta quinta-feira o metal precioso está a recuperar devido à especulação que os investidores já estão a descontar uma subida dos juros, por parte da Fed, na reunião de Dezembro.

O ouro sobe 0,54% para 1.076,48 dólares por onça, depois de ter negociado nos 1.064,55 dólares na sessão de ontem, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2010. Já a prata ganha 0,43% para 14,2421 dólares, depois de 15 sessões de perdas.

Destaques do dia
Lucros da Mota-Engil caem 68% pressionados por África. A Mota-Engil terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado 68% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado. A contribuir para esta evolução esteve África, onde a quebra de vendas superou os 20%.

O grande desafio da banca em 2016: mais exigências de solidez. A partir de Janeiro, os bancos vão ter novas exigências de solidez impostas pelo Banco de Portugal e pelas regras da resolução. Subida pode penalizar regresso aos lucros.

Como vai ser o novo banco dos Correios? Contas-ordenado, contas-pensionista e crédito pessoal e à habitação vão ser as apostas do Banco CTT. Os Correios contam ter pelo menos 50 balcões abertos ao público até Março e "restaurar a confiança dos clientes com o seu banco".

Como é possível ter juros negativos com tensão na dívida? Portugal foi ao mercado e emitiu dívida de curto prazo com taxas de juro negativas. Numa altura em que ainda reina a instabilidade, o mesmo não seria possível com obrigações, dizem os analistas. É que o risco de crédito dos títulos é diferente.

Mais bilhetes do Tesouro dão folga ao retalho. Será difícil chegar aos 3.800 milhões de euros pretendidos através dos certificados, a menos que as OTRV sejam uma realidade. Mesmo que não sejam emitidas, os bilhetes do Tesouro já permitem acomodar a diferença.

Fed: Subida dos juros em Dezembro "poderá tornar-se apropriada". Após ter prolongado a expansão monetária por diversas vezes, o banco central norte-americano dá sinais de estar pronto a subir as taxas de juro. A economia está a evoluir positivamente e os riscos globais diminuíram.

Fed vai subir juros, a grande dúvida está no ritmo com que o fará. A Fidelity não tem dúvidas de que a primeira subida da taxa será já no próximo mês. A partir daí, os juros devem continuar a subir, mas, esperam os economistas, a ritmo lento. Isto ao mesmo tempo que o BCE aumenta os estímulos, desvalorizando o euro.

Tinder procura parceiros para uma aventura na bolsa. O Match Group, dono de plataformas de encontros online como o Tinder, começa a negociar na bolsa norte-americana. Em simultâneo com a estreia da Square, este IPO representa um teste para o sector tecnológico.

UBS reduz participação no BCP para 1,87%. O grupo bancário suíço vendeu 123,1 milhões de acções do Banco Comercial Português, passando a deter uma posição inferior a 2%.

O que vai acontecer hoje

Banco de Portugal. Divulga o boletim estatístico.

BCE. Publica os relatos da reunião de 22 de Outubro.
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