Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas, petróleo e euro em alta ligeira à espera da Fed
As bolsas europeias iniciaram a sessão em alta ligeira, numa altura em que os investidores aguardam pela decisão da Fed sobre os juros, que será conhecida esta tarde. Também o euro e o petróleo registam ganhos pouco acentuados.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,25% para 5.088,11 pontos
Stoxx 600 sobe 0,15% para 362,43 pontos
Nikkei valorizou 1,43% para 18.432,27 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,1 pontos base para 2,713%
Euro sobe 0,03% para 1,1294 dólares
Petróleo em Londres avança 0,54% para 50,02 dólares
Bolsas europeias em alta ligeira
As bolsas europeias iniciaram a sessão em alta ligeira, com os investidores a aguardarem a decisão da Reserva Federal norte-americana sobre a taxa de juro directora. A reunião de dois dias da Fed termina esta quinta-feira, às 19 horas de Lisboa. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, sobe 0,15% para 362,43 pontos.
A bolsa nacional contraria a tendência, com o PSI-20 a perder 0,25% para 5.088,11 pontos. A pressionar o principal índice nacional estão, sobretudo, a Jerónimo Martins, que desce 1,83% para 12,06 euros, e a Galp Energia, que desliza 0,86% para 9,152 euros.
Juros da dívida na Europa pouco alterados
Os juros da dívida da generalidade dos países europeus estão pouco alterados esta quinta-feira. Em Portugal, a ‘yield’ associada à dívida a dez anos desce 0,1 pontos base para 2,713%, enquanto, na Alemanha, os juros das obrigações a dez anos sobem 0,7 pontos para 0,781%. Assim, a percepção de risco de Portugal está a descer ligeiramente. Quer isto dizer que o prémio de risco que os investidores estão a exigir para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã (o chamado "spread") está mais baixo, recuando esta quinta-feira para 191,8 pontos base.
Euro quase inalterado face ao dólar
A moeda única europeia está praticamente inalterada face ao dólar esta quinta-feira, 17 de Setembro, dia em que a Reserva Federal norte-americana vai anunciar a sua decisão sobre os juros. A reunião deste mês é há muito apontada como data provável para a primeira subida dos juros nos Estados Unidos desde 2006. Contudo, os mais recentes dados económicos e a deterioração das estimativas de crescimento da China e outros mercados emergentes poderão levar a Fed a adiar esta decisão.
Ainda ontem, foi divulgado que a inflação nos Estados Unidos caiu pela primeira vez desde Janeiro. O índice de preços no consumidor desceu 0,1% em Agosto quando comparado com o mês anterior. Em termos homólogos a inflação aumentou 0,2%, muito distante da meta de inflação de 2% da Fed.
O euro sobe 0,03% para 1,1294 dólares.
Petróleo em alta pela terceira sessão
O petróleo está a negociar em alta pela terceira sessão, depois de a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos ter divulgado, na quarta-feira, que as reservas de crude caíram 2,1 milhões de barris na semana passada. Por seu turno, as reservas de gasolina e de produtos destilados - que incluem gasóleo e combustível para aquecimento -aumentaram, segundo os dados do governo norte-americano.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,21% para 47,25 dólares, depois de ter escalado mais de 5,5% na sessão de ontem. Já o Brent, transaccionado em Londres, avança 0,54% para 50,02 dólares, depois de ter disparado quase 7% na quarta-feira.
Cobre sobe para máximos de quase dois meses
O cobre atingiu, esta quarta-feira, o valor mais alto em quase dois meses. Isto porque as maiores minas do Chile não foram afectadas pelo sismo que atingiu o país na quarta-feira. O sismo ocorreu às 19:54 locais (23:54 em Lisboa) no mar, a 11 quilómetros de profundidade, e teve o epicentro a 71 quilómetros da cidade de Illapel, capital da província Choapa, situada a norte de Santiago do Chile.
Os preços do cobre subiram 1,1% para 5.440,50 dólares por tonelada métrica, o valor mais alto desde 22 de Julho, logo após a notícia, estando agora a negociar nos 5.396 dólares.
A Codelco e a Antofagasta já informaram que os seus trabalhadores estão seguros e que as operações não foram afectadas. Também a Anglo American Plc e a BHP Billiton garantiram que as minas não sofreram danos.
Destaques do dia
Fed sobe os juros em 2015. E até pode ser hoje. Chegou o dia "D" para a economia norte-americana. Todas as atenções estarão voltadas para a decisão da Fed sobre a taxa de juro de referência. A autoridade monetária pode anunciar o primeiro aumento do preço do dinheiro em nove anos.
Mais importante que subir juros é o que se faz depois? O debate sobre a condução da política monetária norte-americana tem-se concentrado na oportunidade de avançar já em Setembro com uma subida de juros. Mas talvez ainda mais importante seja o ritmo dos aumentos que se lhe seguem.
Banco de Inglaterra admite subir os juros no início de 2016. O governador do banco central britânico, Mark Carney, defende que, se a economia continuar a crescer e a inflação acelerar, poderá ser necessário começar a retirar os estímulos no início do próximo ano.
SABMiller estará disponível para uma oferta potencial da AB InBev. A SABMiller estará disponível para discutir uma potencial oferta da AB InBev. Esta quarta-feira, a Anheuser-Busch InBev revelou que pretende fazer uma oferta pela SABMiller, um negócio que poderá juntar as duas maiores produtoras mundiais de cerveja.
Fundos preferidos dos portugueses com retornos negativos. Os antigos fundos de tesouraria, agora denominados fundos de curto prazo euro, apresentam desempenhos negativos nos últimos três meses. Na categoria de mercado monetário euro as rendibilidades são praticamente nulas.
Venda do Novo Banco já custou 17 milhões ao Banco de Portugal. O adiamento da venda do Novo Banco pode significar uma poupança para o Banco de Portugal em relação aos compromissos assumidos com os assessores financeiros e jurídicos.
Analistas recomendam aceitar oferta sobre a Glintt. A Farminveste, controlada pela Associação Nacional de Farmácias, lançou uma oferta pública de aquisição sobre a Glintt, com o valor de 0,241 euros por acção. Os analistas acreditam que os accionistas devem aceitar a oferta.
O que vai acontecer hoje
Zona Euro. BCE divulga o Boletim Económico.
INE. Índice de preços na produção industrial, relativo a Agosto; Síntese económica de conjuntura, relativa a Agosto.
EUA. Balança da conta corrente, no segundo trimestre; Novo pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 12 de Setembro.
Fed. A Reserva Federal dos EUA conclui mais uma reunião de política monetária, após a qual divulga a taxa de juro de referência.