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Abertura dos mercados: China arrasta bolsas e petróleo. Euro em alta

As bolsas europeias registam perdas superiores a 1% após ser conhecido que a actividade industrial chinesa abrandou para mínimos de 2009. Este dado está também a penalizar o preço do petróleo.

Bloomberg
Negócios 21 de Agosto de 2015 às 08:32
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Os mercados em números

PSI-20 perde 1,19% para 5.371,86 pontos

Stoxx 600 recua 1,27% para 368,68 pontos


Nikkei desvalorizou 2,98% para 19.435,83 pontos

Yield a 10 anos de Portugal ganha 2,8 pontos base para 2,612%


Euro sobe 0,42% para 1,1289 dólares


Petróleo perde 0,97% para 46,17 dólares por barril


China penaliza bolsas mundiais

Os mercados bolsistas mundiais voltam a ser penalizados pela China. Os receios de um rápido abrandamento da economia chinesa foram hoje acentuados pelos dados da actividade industrial do país, que caíram para o nível mais baixo dos últimos seis anos. 

Na Europa, a maioria dos mercados cai mais de 1% e Lisboa não é excepção. O PSI-20 cai 1,52% com os títulos do BCP e do BPI a perderem, respectivamente, 2,42% e 2,90%.

Juros da dívida grega em forte alta 


Esta quinta-feira, e sete meses depois de tomar posse, o primeiro-ministro grego apresentou a sua demissão e abriu caminho à possibilidade de serem convocadas eleições antecipadas.

Falando ao país, Alexis Tsipras confirmou ontem à tarde que submeteu o pedido de demissão ao Presidente da República, e defendeu uma nova chamada às urnas o mais rapidamente possível, em alternativa uma possível solução de governo dentro do actual quadro parlamentar.

Os juros da dívida grega a dois anos sobem mais de 100 pontos base e a 10 anos avançam 13,4 pontos base 9,69%


Euro em alta

O euro está a valorizar face ao dólar, numa altura em que as divisas dos países em desenvolvimento – da Rússia ao México e Malásia – estão a ser fortemente penalizadas pelos receios em torno do crescimento global.

A moeda única europeia sobe 0,42% para 1,1289 dólares.  

Petróleo na casa dos 46 dólares em Londres

O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais esta sexta-feira, 21 de Agosto, devido aos sinais de que o excesso de oferta a nível mundial deverá persistir. Esta quinta-feira, o Instituto do Petróleo Americano revelou que, em Julho, a produção de petróleo nos Estados Unidos atingiu o nível mais elevado naquele mês desde, pelo menos, 1920. Isto no contexto de um mercado excedentário, onde as reservas de crude estão em níveis recorde.

Por outro lado, a penalizar a matéria-prima estão os receios relativos ao abrandamento da economia chinesa, um dos grandes consumidores mundiais de petróleo. O PMI da China, que mede a actividade industrial do país, caiu para mínimos de seis anos.   

O West Texas Intermediate (WTI) cai 1,19% para 40,83 dólares, preparando-se para completar a oitava semana consecutiva de perdas, a mais longa série de quedas semanais desde 1986. Já o Brent, negociado em Londres, perde 0,97% para 46,17 dólares.

Ouro sobe pela quinta sessão

O metal precioso está a negociar em alta pela quinta sessão consecutiva, no valor mais elevado das últimas seis semanas, devido aos sinais de que a Reserva Federal dos Estados Unidos poderá adiar a subida dos juros.

O ouro valoriza 0,82% para 1.161,65 dólares enquanto a prata cai 0,16% para 15,5438 dólares.

Destaques do dia 

Tsipras recebe cheque, demite-se e pede novas eleições. No rescaldo, o líder do Nova Democracia anunciou que tentará aliança minoritária com o Pasok e o To Potami para evitar eleições antecipadas. Europa espera solução de governo comprometida com novo memorando. Moody's avisa que financiamento do Estado grego fica em risco com vazio de poder. 

Travão chinês põe investidores em alerta máximo. China, mas também os EUA, estão a assustar os investidores. Acções, dívida mais arriscada, mas principalmente as matérias-primas e as divisas das economias mais dependentes do petróleo estão a ser fustigadas em mais um Verão quente.

Como a China está a mexer com os mercados. A China, a segunda maior economia mundial, está a dar sinais de abrandamento. E o travão está a fazer disparar sinais de alarme nos mercados. Tem penalizado as moedas, as bolsas, as obrigações, mas também as matérias-primas. Os activos de refúgio, por seu lado, brilham.

Petróleo já está nos 40 dólares. Até onde vai cair? O petróleo está a negociar em mínimos de seis anos, levando os analistas a questionar até onde pode ir. O barril vai valer menos de 40 dólares em Nova Iorque, dizem.

O que vai acontecer hoje

S&P. Data agendada para a possível revisão de "rating" da dívida pública do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, pela Standard & Poor's.

  1. Alemanha. Índice GfK, que mede a confiança dos consumidores, em Setembro.
  2.  
  3. INE. Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação, em Julho. 

Zona Euro. Confiança dos consumidores, em Agosto.

 

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