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Venezuela começa a cotar petróleo em yuans

A Venezuela começou hoje a cotar o barril de petróleo numa moeda diferente do dólar norte-americano, segundo um relatório divulgado pelo ministério venezuelano de Petróleo e Minas.

Reuters
15 de Setembro de 2017 às 22:54
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"A partir desta semana apresenta-se o preço médio do barril Venezuela no yuan chinês", explica o relatório semanal do Ministério de Petróleo e Minas (MPM). Segundo o Ministério, o barril de petróleo venezuelano cotou-se esta sexta-feira em 306,26 yuans, o que equivale a 39,16 euros.

 

O preço do petróleo venezuelano registou, esta semana, um ligeiro aumento de preço em relação à semana passada, altura em que o barril aparecia cotado a 46,14 dólares norte-americanos.

 

Segundo as autoridades venezuelanas, essa valorização do preço, na última semana, foi influenciada por "perspectivas mais favoráveis para a procura petrolífera mundial" e também "relatórios de uma menor produção global".

 

A 8 de Setembro último, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que Caracas iria criar um novo sistema de pagamento internacional, com base em várias moedas, em alternativa ao dólar norte-americano.

 

"A Venezuela vai criar um novo sistema de pagamentos internacional e um cabaz com moedas de livre conversão como o yuan (da China), o euro, o iene (do Japão) e a rupia (da Índia), para nos libertar das amarras do dólar como moeda opressora do nosso país", disse Nicolás Maduro durante uma sessão especial da Assembleia Constituinte.

 

Segundo o presidente da Venezuela, a venda de "petróleo, gás e outros [bens]" passará a ser feita em "rublos, rupias, yuan e outras moedas". "Esta decisão vai abrir o caminho para um novo sistema monetário, financeiro, internacional, e libertar-nos da chantagem do dólar" disse, anunciando que instou os venezuelanos a pressionarem os bancos do país a abrirem filiais na Rússia, China, Índia e Europa.

 

A 25 de Agosto último o Presidente dos EUA, Donald Trump assinou uma ordem executiva que proíbe as "negociações em dívida nova e em capital emitidos pelo Governo da Venezuela e a sua companhia petrolífera estatal". Caracas reagiu, acusando os EUA de usarem sanções para isolar o sistema financeiro venezuelano e de procurar agravar a crise económica venezuelana.

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