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Supercomputador do tamanho de um estádio de futebol é a aposta da Eni para descobrir petróleo
É a arma, não muito secreta, da italiana Eni para encontrar petróleo e gás natural. No passado, a pesquisa por reservatórios das matérias-primas demorava vários meses, com esta solução são necessárias apenas semanas.
Não é propriamente muito discreto a avaliar pela fotografia. Nem será muito fácil identificar o que é. Dizer que é um supercomputador com as dimensões de estádio de futebol pode ajudar, mas só uma explicação um pouco mais detalhada pode ajudar a perceber a importância de algo desta dimensão.
Localizado nos arredores de Milão, este supercomputador é propriedade da petrolífera italiana Eni. E é a nova arma utilizada pela companhia para procurar reservatórios de petróleo e de gás que estejam localizados a uma elevadíssima profundidade. Com este supercomputador, esta prospecção pode ser realizada em milhares de quilómetros.
"É aqui que está o coração da empresa, onde temos os nossos dados mais delicados e tecnologia proprietária", contou o CEO da Eni, Claudio Descalzi, numa entrevista à Bloomberg.
Com esta máquina, é possível processar dados que são recolhidos por drones, que são usados na busca destas matérias-primas, e por sensores que estão ligados aos funcionários que estão a trabalhar em determinadas zonas.
Há várias décadas, a pesquisa por reservatórios destas matérias-primas era feita com recurso às indicações que as ondas sonoras subterrâneas enviavam. Mas a queda dos preços do petróleo ditou uma mudança de rumo por parte das empresas petrolíferas, que passaram a apostar ainda mais na eficiência tecnológica.
A aposta nas novas tecnologias para encontrar petróleo permite que estes processos demorem semanas, diz o analista do Banco Santander em Londres, Jason Kenney, citado pela Bloomberg. "O tempo de análise para as prospecções nesta altura, usando os poderes dos supercomputadores actuais, é de semanas". O analista recorda que "eram precisos meses há alguns anos e muitos, muitos meses há uma década".
Segundo a agência, os custos envolvidos na concepção e desenvolvimento de um supercomputador podem ir dos 50 milhões de dólares aos 250 milhões de dólares. Sendo que, são necessários vários outros milhões de dólares para a manutenção deste aparelho.