Notícia
Shell deixa operação na Nigéria ao fim de 68 anos
A petrolífera britânica anunciou que vai deixar as operações na Nigéria e vendeu a produção petrolífera "onshore" a um consórcio local por um valor minímo de 1,3 mil milhões de dólares.
Ao fim de 68 anos, a Shell vai deixar a atividade de extração de crude e de gás "onshore" na Nigéria. A petrolífera britânica anunciou a venda da Shell Petroleum Development Company of Nigeria (SPDC) por um valor inicial de 1,3 mil milhões de dólares e que pode chegar aos 2,4 mil milhões de dólares a um consórcio de empresas locais e internacionais.
O consórcio, conhecido como Renaissance, inclui a suíça Petrolin e quatro produtoras nigerianas, a ND Western, a Aradel Energy, a First E&P e a Waltersmith.
A Shell tem sido uma das principais empresas a apostar na exploração petrolífera e gasífera da Nigéria. No entanto, nos últimos anos várias dificuldades como roubo, sabotagem e questões operacionais têm levado a processos em tribunal e a um aumento significativo dos custos.
Desde 2021 que a empresa tem tentado vender o negócio no país, mantendo-se ativa na exploração "offshore" mais lucrativa e menos problemática.
"Depois de décadas como pioneira no setor energético da Nigéria, a SPDC vai avançar para o seu próximo capítulo sob a liderança de um experiente e ambicioso consórcio", refere Zoë Yujnovich, diretora de "upstream" e gás integrado da Shell, num comunicado a que o Financial Times teve acesso.
A saída da Shell precede a de outras empresas. Nos últimos anos, petrolíferas como a norte-americana Exxon Mobil, a italiana Eni, norueguesa Equinor e a chinesa Addax, têm anunciado acordos para vender ativos no país, justificando a decisão com base na difícil atuação numa região com elevada corrupção, violência e dano ambiental.
A SPDC Limited tem uma participação de 30% de um consórcio, também denominado de SPDC, que detém 18 campos "onshore" e em águas pouco profundas. Os recursos da Shell na SPDC atingiram cerca 458 milhões de barris de petróleo no final de 2022.
Outras empresas também nesta "joint-venture" são a estatal Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), que tem 55%, a TotalEnergies com 10% e a Eni com 5%.
A primeira licença de exploração foi concedida em 1938 e as primeiras perfurações foram feitas em 1956 no estado de Bayelsa no Delta do Níger. Desde então a produção petrolífera na região tem gerado milhares de milhões em receitas para a empresa e para o governo, sendo o sustento da economia da Nigéria.
A Shell irá, no entanto, manter-se ativa e investir no país, focando-se nas operações de extração de petróleo em águas profundas e no negócio de gás integrado.
O consórcio, conhecido como Renaissance, inclui a suíça Petrolin e quatro produtoras nigerianas, a ND Western, a Aradel Energy, a First E&P e a Waltersmith.
Desde 2021 que a empresa tem tentado vender o negócio no país, mantendo-se ativa na exploração "offshore" mais lucrativa e menos problemática.
"Depois de décadas como pioneira no setor energético da Nigéria, a SPDC vai avançar para o seu próximo capítulo sob a liderança de um experiente e ambicioso consórcio", refere Zoë Yujnovich, diretora de "upstream" e gás integrado da Shell, num comunicado a que o Financial Times teve acesso.
A saída da Shell precede a de outras empresas. Nos últimos anos, petrolíferas como a norte-americana Exxon Mobil, a italiana Eni, norueguesa Equinor e a chinesa Addax, têm anunciado acordos para vender ativos no país, justificando a decisão com base na difícil atuação numa região com elevada corrupção, violência e dano ambiental.
A SPDC Limited tem uma participação de 30% de um consórcio, também denominado de SPDC, que detém 18 campos "onshore" e em águas pouco profundas. Os recursos da Shell na SPDC atingiram cerca 458 milhões de barris de petróleo no final de 2022.
Outras empresas também nesta "joint-venture" são a estatal Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), que tem 55%, a TotalEnergies com 10% e a Eni com 5%.
A primeira licença de exploração foi concedida em 1938 e as primeiras perfurações foram feitas em 1956 no estado de Bayelsa no Delta do Níger. Desde então a produção petrolífera na região tem gerado milhares de milhões em receitas para a empresa e para o governo, sendo o sustento da economia da Nigéria.
A Shell irá, no entanto, manter-se ativa e investir no país, focando-se nas operações de extração de petróleo em águas profundas e no negócio de gás integrado.