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Rússia e recuperação das bolsas leva petróleo a disparar mais de 7%

As previsões de menos volatilidade em 2019 e a promessa de uma intervenção pronta, que chegam da parte da Rússia - um dos maiores produtores de petróleo do mundo - justificam a subida das cotações da matéria-prima, que ascendem a terreno positivo depois de marcaram novos mínimos esta manhã. A subida das bolsas também dá uma ajuda.

Bloomberg
26 de Dezembro de 2018 às 15:47
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As cotações de petróleo voltaram aos ganhos depois de o ministro da Energia russo, Alexander Novak, ter previsto um mercado mais estável para a matéria-prima em 2019, tendo em conta o plano de cortes na produção e a reacção pronta que diz poder esperar-se da parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e respectivos aliados (OPEP+), grupo no qual a Rússia se insere.

A impulsionar a cotação da matéria-prima está também a recuperação forte dos mercados accionistas, já que os índices accionistas em Wall Street acentuaram os ganhos da abertura e marcam agora subidas de cerca de 2%.  

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a somar 7,15% para os 54,08 dólares, depois de ter registado uma queda de 1,07% para os 49,93 dólares durante a manhã, descendo desta forma da fasquia dos 50 dólares. Em Nova Iorque, o preço do barril já está a ganhar 8,23% para 46,03 dólares.

O recobro das cotações da matéria-prima surge numa altura em que a produção nos Estados Unidos assombra os investidores, que receiam que os cortes acordados pela OPEP não sejam suficientes para superar o crescimento das reservas norte-americanas. Na última sessão, de segunda-feira, assistiu-se a uma quebra de 6,2% nos preços do petróleo em Londres.

A "caça às pechinchas" depois do "sell-off" que se verificou durante a época natalícia são outra justificação para a recente recuperação do petróleo, apontada por um analista da Emirates NBD. Uma vez de volta aos volumes habituais de negociação, "esperamos que os investidores voltem a olhar aos indicadores fundamentais, os quais apontam para um início brando para 2019", prevê o mesmo analista.

Apesar da redução na oferta acordada no início deste mês pela OPEP e seus aliados, o petróleo já caiu mais de 40% desde os máximos de quatro anos alcançados em Outubro, devido às perspectivas de um excesso de oferta no mercado, numa altura em que os Estados Unidos estão a produzir a um nível quase recorde.

Ao mesmo tempo, a guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a China e aos seus crescentes diferendos com o líder da Fed, Jerome Powell, pioraram ainda mais as perspectivas para o crescimento global no próximo ano.

(notícia actualizada com evolução das cotações)

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