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Petróleo em alta após quebra nas reservas

O preço do crude inverteu a tendência dos últimos dias e segue em alta nos mercados internacionais. A inflexão deu-se já depois de as reservas de crude terem diminuído em 2,67 milhões de barris na semana passada.

Bloomberg
20 de Maio de 2015 às 16:45
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O preço do barril de petróleo segue em alta nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres e cujo valor é utilizado como referência para as importações nacionais, a avançar 1,19% para 64,78 dólares.

 

Também em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,83% para 58,47 dólares por barril, interrompendo assim uma série de cinco dias consecutivos a valorizar. Já o Brent inverte uma tendência de descida que se verificava há dois dias seguidos.

 

O comportamento do crude surge depois da redução do volume de reservas registada na semana passada, com uma quebra de 2,67 milhões de barris segundo informação avançada pela agência de Informação de Energia (AIE).

 

Os dados disponibilizados pela AIE e citados pela agência Bloomberg, mostram ainda que as reservas de crude nos Estados Unidos caíram para 482,2 milhões de barris na semana finda a 15 de Maio, representativos de menos 1,75 milhões de barris face às estimativas médias de um conjunto de economistas consultados pela Bloomberg.

 

Apesar desta quebra, as reservas norte-americanas permanecem perto de máximos de 1930, para o que contribuiu, ao longo do último ano, o crescimento da exploração petrolífera resultante da combinação entre as tecnologias de exploração horizontal dirigida e fracturação hidráulica. Apesar da quebra registada, as refinarias dos Estados Unidos operaram a 92,4% da sua capacidade, face aos 91,2% obtidos na semana anterior.

 

A recuperação do preço do petróleo comparativamente com os mínimos de seis anos atingidos no mês de Março parece ter-se estabilizado, ao longo das últimas semanas, em torno dos 60 dólares por barril. O que também se deve ao receio dos mercados de que a subida do preço do crude poderia estimular um aumento da produção, podendo isso levar a um acréscimo de pressão descendente sobre o valor do ouro negro.

 

Até porque se mantém a decisão tomada no ano passado pela Arábia Saudita que, no seio da organização dos países exportadores de petróleo (OPEP), optou manter os níveis de produção petrolífera de forma a fazer descer o preço, tentando assim inviabilizar a rentabilidade das empresas norte-americanas que extraem crude a partir de xisto betuminoso, um tipo de produção que envolve custos substancialmente superiores aos da extracção dos poços sauditas.

 

Ainda assim, de acordo com o presidente da Trafigura Eurasia, Jonathan Kollec, os actuais excedentes de produção deixarão de se verificar em finais do próximo ano, possibilitando uma recuperação dos preços desta matéria-prima. Citado pela Bloomberg, Kollec garante ser bem mais provável que os preços venham a subir do que o contrário.

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