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Petróleo cai 2% após declarações do Irão

A expectativa de que não seja possível alcançar um acordo entre os principais produtores de petróleo para travar a produção está a penalizar as cotações. O crude cai 2% no mercado de Nova Iorque.

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What's the Solution to Low Oil Prices?
24 de Fevereiro de 2016 às 08:32
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Os preços do petróleo iniciaram a sessão a negociar no "vermelho" nos mercados internacionais, com a matéria-prima a cair 2% no mercado nova-iorquino. A penalizar as cotações continuam as palavras do ministro do petróleo iraniano, que considerou "ridículo" o acordo para congelar a produção.

O crude segue a desvalorizar 2,01%, para 31,23 dólares por barril, mas já chegou a estar a cair 2,5% no início da sessão, enquanto o Brent, em Londres, cai 1,2% para 32,87 dólares por barril.

Depois de ter elogiado, numa primeira fase, a tentativa de acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita, não tendo adiantado se iria participar ou não, o Irão veio agora criticar este entendimento.

O ministro do petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, disse que este acordo é "ridículo" e "irrealista", deixando a indicação de que o país não irá cortar a sua produção. O acordo entre os dois maiores produtores de petróleo visava congelar a produção nos níveis recorde de Janeiro.

"É muito ridículo, eles surgem com esta proposta para congelar a produção, num nível de 10 milhões de barris por dia face a um milhão de barris diários do Irão", disse o ministro do petróleo do país, citado pela agência noticiosa Shana. São "pedidos irrealistas", considerou Namdar Zanganeh.

Um corte de produção "não vai acontecer porque não há muitos países que o concretizem, mesmo que digam que vão cortar a produção. Portanto, não vale a pena perder o nosso tempo à procura de cortes", acrescentou Al-Naimi, ministro do petróleo da Arábia Saudita, citado pela Bloomberg.

A produção destes países deverá, assim, manter-se em níveis elevados, num momento em que a procura mantém-se pressionada. Constrangimentos que poderão continuar a pesar nas cotações. A matéria-prima cai 15,6% desde o início do ano, no mercado de Nova Iorque.

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