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Petróleo em novos mínimos de Novembro após subida da produção da Arábia Saudita
A matéria-prima está a prolongar a tendência negativa das últimas seis sessões, depois de Arábia Saudita ter aumentado a sua produção em Fevereiro. O Brent já negoceia pouco acima dos 50 dólares.
O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais esta terça-feira, 14 de Março, pela sétima sessão consecutiva, penalizado pela notícia de que a Arábia Saudita voltou a aumentar a sua produção.
Em Londres, o barril de Brent recua 1,89% para 50,38 dólares, enquanto em Nova Iorque o crude desce 2,29% para 47,29 dólares. Em ambos os casos, são os valores mais baixos desde 30 de Novembro, o dia em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) fecharam o acordo para cortar a sua produção diária para um máximo de 32,5 milhões de barris por dia.
Significa isto que a matéria-prima está a anular praticamente todos os ganhos decorrentes do acordo entre os membros do cartel, que levou o petróleo a superar os 58 dólares em Londres e os 55 dólares em Nova Iorque.
Esta evolução acontece depois de a Arábia Saudita ter comunicado à OPEP que aumentou a sua produção para mais de 10 milhões de barris por dia, em Fevereiro, revertendo cerca de um terço dos cortes que fez no mês anterior.
O país, que reduziu mais a sua oferta do que era necessário, em Janeiro, comunicou ao cartel que aumentou a sua produção em 263 mil barris por dia, no mês passado.
Ao mesmo tempo, a Rússia, Iraque e Emirados Árabes Unidos ainda não cumpriram todos os cortes que prometeram.
"É um golpe gigante na sua credibilidade. Não é positivo para os preços, nem para a credibilidade da Arábia Saudita nem para a credibilidade do acordo entre produtores", afirma Bob Yawger, director da divisão de futuros da Mizuho Securities, citado pela Bloomberg.
A contribuir para a queda recente dos preços do ouro negro estão ainda os sinais de que a produção norte-americana continua a subir. De acordo com a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, a produção de petróleo de xisto deverá atingir em Abril o nível mais elevado desde Março de 2016. Por outro lado, as reservas de crude terão subido em 3 milhões de barris na semana passada.