Notícia
Petróleo continua a afundar e já está em mínimos de mais de três meses
Os preços da matéria-prima estão a ser pressionados pela subida das reservas nos Estados Unidos, que já ontem levou o petróleo a afundar mais de 5%.
O petróleo está a prolongar as quedas registadas na sessão de ontem, e já baixou a barreira dos 50 dólares em Nova Iorque pela primeira vez desde Dezembro.
A matéria-prima continua a ser penalizada pela forte subida das reservas de crude nos Estados Unidos, que levou o petróleo a afundar mais de 5% na quarta-feira.
Nesta altura, o Brent, transaccionado em Londres, desce 2,07% para 52,01 dólares enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 2,31% para 49,12 dólares. Em ambos os casos, são os valores mais baixos desde o dia 1 de Dezembro do ano passado.
Ontem, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos revelou que as reservas de crude do país aumentaram em 8,21 milhões de barris na semana passada para um total de 528,4 milhões de barris, o nível mais elevado desde 1982. A subida foi muito superior ao esperado, na medida em que os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam um acréscimo de apenas 2 milhões.
De acordo com a agência noticiosa, mais de metade do aumento ocorreu na Costa Oeste, uma região que é por vezes ignorada pelos traders porque o seu sistema de distribuição é isolado do resto do país.
A subida das reservas e da produção norte-americana de petróleo de xisto tem anulado parte do efeito positivo decorrente dos cortes realizados pela OPEP que mantiveram os preços do ouro negro acima dos 50 dólares desde o final de Novembro do ano passado.
Esta semana, o ministro do petróleo da Arábia Saudita Khalid Al-Falih admitiu que os inventários globais estão a descer a um ritmo mais lento do que o esperado, abrindo a porta a uma extensão dos cortes na produção além dos seis meses inicialmente apontados.