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Petróleo afunda 4% e já segue abaixo dos 60 dólares em Londres
O petróleo está a reagir em forte queda à divulgação de um aumento das reservas norte-americanas para o nível mais alto desde 2017.
O petróleo está a negociar em forte queda nos mercados internacionais, depois de os Estados Unidos terem revelado uma subida dos seus inventários de crude.
Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) desliza 4% para 51,14 dólares, enquanto em Londres, o Brent desvaloriza 3,69% para 59,99 dólares.
Esta evolução acontece depois de a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos ter revelado que as reservas de crude norte-americanas aumentaram em 2,21 milhões de barris na semana passada para o nível mais elevado em quase dois anos, sendo que a maior parte da subida foi registada em Cushing, no Oklahoma.
Os números surpreenderam o mercado, que antecipava uma descida de um milhão de barris.
"Foi dececionante ver outro aumento das reservas, especialmente quando se esperava uma ligeira descida", afirmou Brian Kessens, gestor de portefólio da Tortoise em Leawood, Kansas. "O aumento pode ser atribuído quase todo a Cushing. Possivelmente, algumas das refinarias ainda estavam com perturbações devido à chuva".
O petróleo está em "bear market", descendo mais de 20% desde o pico de abril, penalizado também pela escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que afeta as projeções para o crescimento da economia mundial e, consequentemente, para a procura por esta matéria-prima.
A quebra na procura é precisamente um dos riscos identificados pela OPEP que, juntamente com os seus aliados, poderá decidir prolongar os cortes na produção. Amanhã serão reveladas pelo cartel as suas projeções para a procura assim como os níveis de produção do grupo.