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OPEP vai discutir novos cortes de produção de petróleo em dezembro
A Organização de Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados, incluindo a Rússia, não definiu novos cortes gerais na produção de petróleo na reunião de hoje, em Abu Dhabi, mas apelou a reduções voluntárias em alguns países. Uma decisão oficial foi adiada para dezembro.
Os ministros que se reuniram em Abu Dhabi nesta quinta-feira, 12 de setembro, não discutiram a fundo o limite de produção imposto no acordo do ano passado, mas poderão fazê-lo em dezembro deste ano, disse o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhy, à Bloomberg.
Apesar de não se ter estabelecido um novo corte oficial que abranja todos os membros que compõem a OPEP+, alguns países incumpridores dos limites de produção impostos foram pressionados.
"Todos os países contam independentemente do seu tamanho", disse o ministro da Energia saudita Abdulaziz bin Salman, na sessão de abertura da reunião.
Entre os países visados estão o Iraque e a Nigéria que aumentaram a produção desde o ano passado, altura em que a OPEP definiu cortes aos maiores exportadores da matéria-prima.
"É um corte voluntário, mas é claro que vamos honrar os nossos compromissos", assegurou o ministro do Petróleo do Iraque, Thamir Ghadhban.
A Rússia também foi alertada, depois de exceder o limite de produção estabelecido em 104 mil barris por dia, em agosto, mês em que a produção geral da OPEP+ aumentou.
A instituição tem vindo a fazer um esforço para equilibrar a balança entre a oferta e a procura de petróleo e tem prolongado o corte de produção desde há perto de dois anos, altura em que a produção de petróleo tem excedido a oferta.
Ontem, o cartel cortou as previsões que tinha avançado para a procura por petróleo em 2019 e 2020, devido ao abrandamento da economia mundial. Até ao final do ano, estima que a procura de petróleo aumente para os 1,02 milhões de barris diários, menos 80.000 do que os anteriormente previstos.