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Combustíveis recuam na próxima semana. Diesel alivia até 13 cêntimos

Os preços dos combustíveis voltam a aliviar na próxima semana de forma expressiva em apenas 15 dias refletindo o desempenho do petróleo nos mercados internacionais.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono.

Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo.

Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
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Os preços dos combustíveis vão descer de forma expressiva na próxima semana. É a segunda descida em 15 dias e segue-se a um disparo na semana passada, refletindo a volatilidade que domina atualmente nos mercados internacionais do petróleo e derivados (gasóleo e gasolina).  

 

A partir da próxima segunda-feira, 4 de abril, a gasolina simples 95 poderá descer cerca de quatro cêntimos, para um preço médio de 1,982 euros por litro, enquanto o gasóleo simples poderá ficar mesmo até 13 cêntimos mais barato. A concretizar-se, o diesel poderá tocar nos 1,862 euros por litro, segundo as contas do Negócios. Desde o início do ano, o preço da gasolina já aumentou 19% e do gasóleo 24%.

Estes valores poderão ainda ser afetados pela aplicação do mecanismo do Governo que tem em vista a redução do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) que é aplicado semanalmente, sendo de esperar que esta sexta-feira o Executivo de António Costa declare se haverá e quais os descontos concretos aplicados ao imposto sobre gasolina e gasóleo.

 



Esta descida é sobretudo causada pela queda da cotação do petróleo e derivados no mercado internacional. O ouro negro aliviou esta semana perante a propagação de novos casos de covid-19 na China.

O gigante asiático é o maior importador de petróleo do mundo, o que obrigou Pequim a confinar algumas regiões, como Xangai, de forma a realizar testes em massa e ainda diante da ordem da administração de Joe Biden que determina que sejam libertadas reservas estratégicas, de forma a ajudar a reequilibrar a procura e a oferta no mercado internacional.

 

Os Estados Unidos vão recorrer uma vez mais às suas reservas estratégicas de petróleo e libertar um milhão de barris por dia durante seis meses, num novo esforço para conter a subida dos preços do "ouro negro", referiu esta quinta-feira a Casa Branca, citada pelo Financial Times.

 

Esta sexta-feira, o West Texas Intermediate (WTI), referência para o mercado norte-americano segue a desvalorizar 0,17% para 100,11 dólares o barril, depois de esta manhã ter voltado a ser negociado abaixo do patamar dos 100 dólares, caminhando para a pior queda semanal em quase dois anos, de acordo com as contas da Bloomberg.

 

Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, segue a somar 0,23% para 104,95 dólares, depois de durante a manhã desta sexta-feira ter estado a ser negociado no vermelho.

 

Os cálculos do Negócios têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

 

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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