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Em fevereiro gasóleo subiu 5,2% e gasolina 4,2%. Veja os distritos mais baratos

O petróleo e derivados dispararam no mercado internacional subindo de forma expressiva os preços finais pagos pelos consumidores quer de gasóleo quer de gasolina.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono.

Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo.

Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
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O preço médio do gasóleo subiu 5,2% em fevereiro, enquanto a gasolina ficou em média 4,2% mais cara, face ao mês anterior.

Braga e Aveiro, Viana do Castelo e Portalegre registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos. Já Beja, Bragança, Faro e Lisboa apresentaram os preços mais altos, segundo o boletim da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) divulgado esta segunda-feira.

 

A subida dos preços dos combustíveis nos postos de abastecimento refletiu o disparo da cotação do petróleo e derivados (gasóleo e gasolina) no mercado internacional.

O valor médio das cotações internacionais dos derivados de petróleo acompanhou a trajetória ascendente verificada no preço do barril de petróleo em fevereiro. O aumento mais acentuado verificou-se na cotação da gasolina (12,3%), seguindo-se o gasóleo (10,8%), o jet (9,1%) e o GPL Auto (6,0%), segundo o "Oil Market Report" da Agência Internacional de Energia (AIE), citado pela ERSE.

 

Como nos meses anteriores, hipermercados mantêm as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento low cost.

 

Para o futuro, a AIE estima que as sanções impostas à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia e o aumento do preço das matérias-primas serão responsáveis por um impacto consideravelmente negativo no crescimento económico a nível global. Como resultado dos recentes acontecimentos, a AIE reviu em baixa a previsão da procura em 1,3 Mbpd (sigla inglesa para milhões de barris por dia) a partir do segundo trimestre de 2022.

 

A procura global, em 2022, é expectável que aumente em 2,1 Mbpd face ao período homólogo anterior, atingindo os 99,7 Mbpd. A refinação de produtos derivados para 2022 foi revista em baixa em 0,86 Mbpd devido às consequências da guerra na Ucrânia, uma vez que cerca de 1,1 Mbpd utilizados pela Rússia na produção de derivados não são expectáveis de ser compensados pelo resto do mundo. Ainda assim, em 2022, prevê-se um aumento na refinação de 2,9 Mbpd face ao período homólogo anterior, atingindo os 80,8 Mbpd.

 

Já no que toca ao mercado do gás, o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas de gás propano de 11 kg  e 13kg butano sofreu uma variação de 0,14% e de 1,9%, respectivamente.

Relativamente às garrafas de gás  de 45 kg de propano, os preços médios de venda ao público caíram 0,2%, enquanto o montante médio pagado pelas garrafas de 55 kg de butano subiu 6,8%.

As variações dos preços finais pagos pelo consumidor pelas garrafas de gás acompanharam o disparo da cotação desta "commoditie" no mercado internacional, tendo no mercado Northwest Europe, o betano sido negociado, em média, 11,21% acima do propano.

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