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BofA avisa que petróleo nos 100 dólares vai penalizar crescimento global

Os economistas do Bank of America antecipam que a matéria-prima deverá atingir os 100 dólares no próximo ano, o que será especialmente penalizador para economias como a Zona Euro, a China, o Japão e a Índia.

Bloomberg
09 de Outubro de 2018 às 07:57
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O Bank of America Merril Lynch acredita que a subida dos preços do petróleo para os 100 dólares por barril vai penalizar o crescimento da economia mundial no próximo ano. Mais concretamente, os economistas antecipam uma redução de 0,2% no crescimento global, caso a matéria-prima atinja aquele patamar que, é para o BofA, "facilmente alcançável".

Numa nota de análise, citada pela Bloomberg, o Bank of America escreve que as sanções sobre o Irão, a turbulência na Venezuela e o aumento da procura colocam uma pressão ascendente sobre os preços. A subida das cotações, defende o banco, penalizará o crescimento da Zona Euro, Reino Unido e Japão, enquanto a subida da produção de energia nos Estados Unidos, Austrália e Brasil ajudará a amortecer o impacto negativo na economia mundial.   

Segundo os economistas do Bank of America, Ethan Harris e Aditya Bhave, o dólar será um factor determinante. Um dólar mais forte "polarizaria ainda mais os resultados", com os importadores de petróleo a sofrerem mais e os produtores a beneficiarem, enquanto uma moeda dos EUA mais fraca "faria o papel de equalizador".

"Os preços elevados do petróleo parecem inevitáveis e, a nosso ver, 100 dólares por barril são facilmente alcançáveis", antecipam. "Colocaríamos um choque do petróleo nas três principais preocupações do próximo ano, juntamente com as guerras comerciais".

De acordo com a nota de análise do BofA, enquanto o aumento da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos protegerá o país dos riscos associados à subida dos preços da matéria-prima, a Zona Euro, o Japão, a China e a Índia serão fortemente penalizados.

"Juntando tudo isto, pensamos que o petróleo nos 100 dólares pode tirar 0,2% ao crescimento global em 2019", escrevem os economistas. "Não é um grande impacto, mas também não é negligenciável".

Os preços da matéria-prima têm registado fortes subidas nos mercados internacionais, devido aos receios em torno da quebra da oferta decorrente das sanções sobre o Irão, que poderá não ser compensada por um aumento da produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Estas subidas levaram mesmo a matéria-prima para máximos de 2014 na semana passada, acima dos 86 dólares em Londres. O Brent segue nesta altura a valorizar 0,5% para 84,33 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, valoriza 0,54% para 74,69 dólares.

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