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Arábia Saudita: Cortes na produção não deverão ser prolongados além de Junho

O maior produtor de petróleo da OPEP não acredita que o cartel precisará de estender o acordo para reduzir a produção além dos seis meses, porque o mercado vai reequilibrar-se no primeiro semestre deste ano.

Reuters
16 de Janeiro de 2017 às 11:18
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A Arábia Saudita acredita que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não precisará de estender o acordo alcançado no ano passado para cortar a produção, dado o cumprimento das reduções na oferta, por parte dos membros do cartel e outros produtores, e as suas estimativas para o aumento da procura a nível global.

Em declarações aos jornalistas, num evento nos Emirados Árabes Unidos, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih (na foto), mostrou-se confiante que o mercado irá reequilibrar-se no final do primeiro semestre deste ano, com a procura a aumentar na altura do Verão.

"Não pensamos que seja necessário [estender os cortes] dado o nível de cumprimento que temos visto e as expectativas para a procura", afirmou Khalid Al-Falih, citado pela Bloomberg. "O reequilíbrio que começou lentamente em 2016 terá um impacto completo no final do primeiro semestre. Naturalmente, há muitas variáveis entre agora e Junho, e nessa altura poderemos fazer uma reavaliação".

Recorde-se que, em Novembro, o cartel acordou cortar a produção total do grupo em 1,8 milhões de barris por dia para reduzir o excesso de oferta a nível global e estabilizar os preços. A esse acordo, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, juntaram-se ainda outros 11 produtores fora do cartel, incluindo a Rússia e o México.

Em Maio, a OPEP reúne-se em Viena para avaliar o cumprimento do plano e actualizar as suas estimativas para o mercado.

Segundo o ministro saudita da Energia, os membros do cartel estão dispostos a estender o acordo caso se revele necessário, ainda que esse não seja o cenário previsível. "Todos os ‘players’ sinalizaram a sua disponibilidade para estender, se necessário. Mas, com base no meu julgamento hoje, penso que é improvável termos de prolongar. A procura vai aumentar no verão, e queremos garantir que os mercados continuam bem fornecidos. Não queremos que haja escassez e, por isso, a extensão só acontecerá se for necessário", reiterou o ministro.

Esta segunda-feira, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,46% para 52,61 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 0,47% para 55,71 dólares. 

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