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AIE: EUA vão superar a Rússia e tornar-se o maior produtor petróleo do mundo em 2019
A Agência Internacional de Energia (AIE) antecipa que os Estados Unidos vão superar a Rússia e tornar-se o maior produtor mundial de petróleo no próximo ano, no máximo.
Num evento em Tóquio, o director executivo da AIE, Fatih Birol, afirmou que os Estados Unidos vão ultrapassar o actual líder mundial do sector petrolífero, a Rússia, "definitivamente no próximo ano", se não mesmo em 2018.
"O crescimento da produção de petróleo de xisto é muito forte, o ritmo é muito forte… Os Estados Unidos vão tornar-se o produtor de petróleo mundial número muito em breve", reiterou, em declarações à Reuters.
Segundo a agência noticiosa, a produção norte-americana superou, no final do ano passado, os 10 milhões de barris por dia, pela primeira vez desde a década de 1970, ultrapassando o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e o segundo maior do mundo.
No entanto, a marca dos 10 milhões será ultrapassada brevemente pela maior economia do mundo. De acordo com a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, a produção norte-americana superará os 11 milhões de barris por dia já no final deste ano, o que levará o país a ultrapassar a Rússia, cuja oferta fica abaixo dessa fasquia.
O crescimento da oferta dos Estados Unidos acontece numa altura em que outros grandes produtores, incluindo a OPEP e a Rússia estão a cortar a sua produção para travar a subida do excedente no mercado e contrariar a queda das cotações.
Os Estados Unidos também estão a aumentar as suas exportações desta matéria-prima, incluindo para as economias de rápido crescimento da Ásia, corroendo a quota de mercado da OPEP e da Rússia. Pelo contrário, as importações de crude caíram, na semana passada, em 1,6 milhões de barris para 4,98 milhões, o nível mais baixo desde que há registos da AIE (2001).
Nesta altura, o petróleo segue em terreno negativo nos mercados internacionais, com o West Texas Intermediate, de Nova Iorque, a descer 0,42% para 63,64 dólares, e o Brent de Londres a desvalorizar 0,30% para 67,30 dólares.