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"Traders" de energia arriscam colapso com crise do gás. Suíça e Finlândia avançam com apoio
A negociação está em risco de parar a menos que os governos alarguem a liquidez para cobrir as "margin calls" em, pelo menos, 1,5 biliões de dólares, segundo alertou Helge Haugane, vice-presidente sénior de gás e energia da Equinor, em entrevista à Bloomberg.
Os "traders" de energia na Europa arriscam perdas multimilionárias devido à crise do gás. Em causa está a obrigação de reforçar as margens financeiras face à evolução do valor dos ativos. Suíça e Finlândia juntam-se à Alemanha no apoio a estas financeiras.
A negociação está em risco de parar a menos que os governos alarguem a liquidez para cobrir as "margin calls" em, pelo menos, 1,5 biliões de dólares, segundo alertou Helge Haugane, vice-presidente sénior de gás e energia da Equinor, em entrevista à Bloomberg.
"Será necessário apoio de liquidez", afirmou Helge Haugane. O problema está no mercado de derivados, enquanto o mercado físico está a funcionar com grandes oscilações, a maior crise de energia em décadas está a sugar o capital das garantias.
Várias empresas estão a enfrentar dificuldades em gerir os pedidos de colaterais extraordinários para garantir as posições quando os preços disparam. A situação está a forçar as "utilities" a assegurarem linhas de crédito de milhares de milhões de euros.
"É capital que está morto e amarrado às 'margin calls'", diz o responsável da Equinor à Bloomberg. "Se as empresas tiverem de colocar tanto dinheiro irá significar que a liquidez do mercado vai secar, o que não é positivo para esta parte do mercado de gás."
Haugane considera que a negociação de derivados de energia é "sensível" à possibilidade de intervenção da União Europeia nos mercados energéticos. Entre as medidas de emergência a serem discutidas pelos responsáveis europeus está o tecto aos preços, sendo que os ministros com a pasta da Energia vão encontrar-se esta sexta-feira em Bruxelas.
Também a definição de "instrumentos de liquidez de emergência" está na agenda desta reunião. Para já, Suíça e Finlândia avançaram com linhas de crédito às empresas de energia para evitar que a crise do gás se transforme em crise financeira, à semelhança do que a Alemanha tinha anunciado no fim de semana.
A negociação está em risco de parar a menos que os governos alarguem a liquidez para cobrir as "margin calls" em, pelo menos, 1,5 biliões de dólares, segundo alertou Helge Haugane, vice-presidente sénior de gás e energia da Equinor, em entrevista à Bloomberg.
Várias empresas estão a enfrentar dificuldades em gerir os pedidos de colaterais extraordinários para garantir as posições quando os preços disparam. A situação está a forçar as "utilities" a assegurarem linhas de crédito de milhares de milhões de euros.
"É capital que está morto e amarrado às 'margin calls'", diz o responsável da Equinor à Bloomberg. "Se as empresas tiverem de colocar tanto dinheiro irá significar que a liquidez do mercado vai secar, o que não é positivo para esta parte do mercado de gás."
Haugane considera que a negociação de derivados de energia é "sensível" à possibilidade de intervenção da União Europeia nos mercados energéticos. Entre as medidas de emergência a serem discutidas pelos responsáveis europeus está o tecto aos preços, sendo que os ministros com a pasta da Energia vão encontrar-se esta sexta-feira em Bruxelas.
Também a definição de "instrumentos de liquidez de emergência" está na agenda desta reunião. Para já, Suíça e Finlândia avançaram com linhas de crédito às empresas de energia para evitar que a crise do gás se transforme em crise financeira, à semelhança do que a Alemanha tinha anunciado no fim de semana.