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Petróleo dispara 8% com notícias de corte de produção
As cotações do petróleo seguem a negociar em forte alta, com as notícias que a Rússia e a OPEP estarão a agendar um encontro no próximo mês para discutir um corte da produção de crude.
Os preços do petróleo estão a valorizar mais de 4%, mas já chegaram a subir mais de 8% no mercado londrino, aproximando-se dos 36 dólares. A sustentar a negociação estão os rumores de que a Rússia e a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vão encontrar-se no próximo mês para discutir um eventual corte de produção.
O Brent, em Londres, segue a subir 5,02% para 34,76 dólares por barril, mas já subiu um máximo de 8,28% para 35,854 dólares. Já o WTI, em Nova Iorque, ganha 4,61% para 33,78 dólares, tendo já estado a valorizar 7,80% e a valer 34,82 dólares. De acordo com a Bloomberg, que cita a Interfax, o ministro da energia russo, Alexander Novak, terá adiantado que o encontro entre a Rússia e os membros do cartel vão discutir uma proposta da Arábia Saudita para reduzir a produção em 5%.
Entretanto esta notícia já foi desmentida por delegados da OPEP. No entanto, as cotações continuam a negociar com valorizações expressivas. A possibilidade de um acordo entre a Rússia e a OPEP para diminuir a oferta de crude no mercado já tinha sido avançada pelo Iraque, surgindo agora novas declarações por parte da Rússia.
A matéria-prima tem sido fortemente castigada pela política de produção da OPEP, com o grupo a continuar a inundar o mercado com petróleo, para desincentivar a produção por parte das concorrentes americanas e manter a sua quota de mercado. Os preços muito baixos tornam o negócio das petrolíferas a partir de xisto betuminoso, devido aos elevados custos de exploração.
O excesso de crude no mercado tem conduzido a fortes desvalorizações. A matéria-prima esteve a negociar em mínimos de 12 anos na semana passada e ter chegado a baixar os 28 dólares por barril.
A Arábia Saudita era um dos principais defensores da estratégia de manter o excesso de produção, contudo, a confirmarem-se as notícias divulgadas esta semana, o país poderá estar disposto a rever a sua estratégia. A forte quebra das cotações tem penalizado as receitas dos países produtores, como a Rússia.