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Moscovo ameaça rasgar acordo sobre cereais

O acordo alcançado em julho, sob mediação de Ancara e da ONU, prevê que navios com cereais ucranianos possam navegar no Mar Negro, mas também que as embarcações russas com cereais e fertilizantes continuem a poder navegar nas mesmas águas.

O acordo que permite a exportação de cereais ucranianos foi assinado em julho.
O acordo que permite a exportação de cereais ucranianos foi assinado em julho. Alexey Malgavk/Reuters
13 de Outubro de 2022 às 21:15
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O governo russo admite não renovar o acordo alcançado em julho que permitiu a exportação de cereais ucranianos. Moscovo considera, numa carta enviada ao secretário-geral da ONU que continua a enfrentar obstáculos para exportar alimentos e fertilizantes russos, uma das contrapartidas no acordo negociado juntamente com as Nações Unidas e a Turquia.

O embaixador russo na ONU, Gennady Gatilov, revelou à Reuters que o Kremlin enviou na quarta-feira uma carta a António Guterres onde indica as suas exigências. Representantes das Nações Unidas são aguardados em Moscovo este domingo para discutir a renovação do acordo, que foi considerado fundamental para evitar uma crise alimentar global.

“Se não virmos nada a ser feito para garantir a nossa parte do acordo - a exportação de cereais e fertilizantes - lamentamos, mas teremos de olhar para o acordo de outra forma”, disse Gatilov.

Questionado se o Kremlin poderá abandonar o acordo, o diplomata russo indicou que “há uma possibilidade”. “Não somos contra as entregas de cereais, mas o acordo deve ser igualitário, justo e implementado de forma justa por todas as partes”, reforçou.

O acordo alcançado em julho, sob mediação de Ancara e da ONU, prevê que navios com cereais ucranianos possam navegar no Mar Negro, mas também que as embarcações russas com cereais e fertilizantes continuem a poder navegar nas mesmas águas. Os navios em causa ficariam sujeitos a inspeções realizadas nos portos turcos, para assegurar que não transportavam, por exemplo, armamento. 

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