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Combustíveis ficam mais baratos na semana de revisão do ISP

No sobe e desce do petróleo, os preços acabaram por cair. E com o euro a valorizar, os portugueses vão beneficiar de uma descida dos preços de ambos os combustíveis. Uma redução ligeira antes da revisão do ISP.

Reuters
06 de Maio de 2016 às 10:56
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Atestar o depósito do automóvel vai ficar ligeiramente mais barato a partir do arranque da próxima semana. É que apesar de ganhos expressivos em algumas sessões, o petróleo acabou por ter uma semana negativa que travou as cotações da gasolina e do gasóleo. E com o euro a valorizar, os valores de venda nos postos de abastecimento nacionais vão descer, corrigindo parte das subidas recentes.


Tanto a gasolina como o gasóleo podem registar reduções na ordem de um a 1,5 cêntimos por cada litro, de acordo com os cálculos do Negócios tendo por base a cotação média semanal nos mercados. É que a gasolina caiu 3,53%, já em euros (desceu 2,3% em dólares), enquanto o diesel ficou mais barato em 3%. Quebras patrocinadas pela subida do euro para perto de 1,15 dólares, mas essencialmente fruto da descida do petróleo para baixo dos 45 dólares.


Com estas reduções, o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, pode baixar para cerca de 1,11 euros, em média, face aos 1,123 euros actuais, segundo os dados da Direcção Geral de Energia e Geologia. No caso da gasolina, o valor de venda da simples de 95 octanas está em 1,40 euros, podendo recuar novamente para baixo deste patamar.


Apesar deste recuo que será sentido no arranque da semana, os preços dos combustíveis mantêm-se bem mais elevados do que no final do ano passado. E acima do que estavam na altura em que o Governo reviu em alta o ISP: aumentou-o em seis cêntimos por litro a 12 de Fevereiro, sendo que ficou a promessa de rever o valor trimestralmente. As Finanças confirmam que haverá uma reavaliação esta semana, a 12 de Maio.


Verifica-se, desde o aumento do ISP, um agravamento de 12 cêntimos na gasolina e 10 no diesel, isto considerando os preços médios de venda divulgados pela Direcção-geral de Energia e Geologia. Contudo, o que conta para as contas do Governo são os dados da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, especificamente a cotação internacional e o frete. Neste caso, os aumentos são menores: 8,3 cêntimos na gasolina e 5,9 cêntimos no gasóleo.

Assim, tendo em conta que o Executivo calculava que um aumento de 4,5 cêntimos permitia baixar o ISP em um cêntimo, há margem para  a gasolina beneficiar de uma baixa de dois cêntimos. No gasóleo, a descida pode ser de apenas um cêntimo. Se baixar mais, nomeadamente dois cêntimos, será pelo aumento do consumo.


O diesel está a gerar mais receita para o Estado, tanto de ISP como de IVA, mas o crescimento não será assim tão expressivo na comparação com o período homólogo. É que, no ano passado, no arranque do ano, ainda não havia combustíveis simples em todos os postos: só passaram a ser obrigatórios em meados de Abril. 

Este ano já há, e a adesão a este combustível está a ser grande (cerca de oito em cada dez litros consumidos já são de simples). Este combustível é, em média, 2,6 cêntimos por litro mais barato do que o "normal" vendido no período homólogo, logo o valor arrecadado pelo Estado em IVA é menor (o do ISP é igual já que este é um imposto de valor fixo).

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