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Brent perto dos 80 dólares. Goldman vê matéria-prima nos 90 dólares

Os preços da matéria-prima estão a negociar em máximos de 2018, depois do Goldman Sachs ter melhorado as suas estimativas para os preços do "ouro negro" para este ano.

A procura por petróleo deverá continuar a aumentar mais depressa do que a oferta.
Henry Romero/REUTERS
27 de Setembro de 2021 às 14:49
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Os preços do petróleo seguem a valorizar perto de 2% nos mercados internacionais, com o Brent, negociado em Londres, a negociar próximo dos 80 dólares por barril, máximos de três anos, num momento em que as reservas da matéria-prima continuam a diminuir e a procura a aumentar.

O Brent do mar do Norte, transacionado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, segue a valorizar 1,81% para 79,50 dólares por barril, máximos de outubro de 2018. Já o WTI, em Nova Iorque, segue a subir 1,85% para 75,36 dólares.

A suportar os preços da matéria-prima estão as melhores perspetivas para a procura, num momento em que a economia global continua a recuperar, e os inventários continuam a diminuir.

Apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados terem concordado em aumentar a produção, os analistas argumentam que estes aumentos estão a ser feitos a um ritmo lento, enquanto a procura deverá acelerar sobretudo com a entrada do inverno.

A OPEP+ tem uma reunião agendada para 4 de outubro para reavaliar a sua estratégia, depois de ter concordado continuar a injetar 400.000 barris diários, a cada mês, até setembro de 2022.

Goldman revê estimativas

A suportar as cotações está também uma nota de "research" do Goldman Sachs para o "ouro negro". O banco de investimento subiu as suas previsões para a matéria-prima, com o seu "target" para o Brent a subir de 80 para 90 dólares por barril.

Os especialistas justificam a melhoria de avaliação com a acelerada recuperação da procura e o furacão Ida, que afetou a produção e reduziu as reservas da matéria-prima.

O banco explica que já mantinha uma visão positiva para o petróleo, mas a procura global, após a pandemia, surpreendeu positivamente os especialistas, isto ao mesmo tempo que o furacão Ida veio reduzir os "stocks".

Quanto a 2022, o banco reduziu as estimativas para o segundo e quarto trimestre para 80 dólares por barril, face aos anteriores 85 dólares, com os analistas a preverem um acordo nuclear entre os Estados Unidos e o Irão até ao próximo mês de abril, o que poderá levar o país a reforçar as suas exportações.

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