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CPI vai "esclarecer os portugueses" sobre o que aconteceu na Efacec, diz Nuno Simões de Melo

Deputado do Chega assumiu o cargo de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão do Grupo Efacec. Prometeu uma CPI "célere", mas que trará a verdade ao de cima.

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"Teremos uma Comissão Parlamentar de Inquérito célere, mas que irá esclarecer os portugueses" sobre o que acontece na Efacec, empresa que foi nacionalizada em 2020 e vendida em 2023. Foi esta a promessa deixada pelo deputado Nuno Simões de Melo, do Chega, nomeado presidente da CPI.

Ao tomar da palavra enquanto presidente, o deputado do Chega afirmou que espera "contar com toda a lealdade dos senhores deputados". "Da minha parte vão contar com a maior imparcialidade na condução dos trabalhos" da CPI, sendo que terá como vice-presidentes Alexandre Poço, do PSD, e Hugo Costa, do PS.

Nuno Simões de Melo desejou aos 24 deputados que tomaram posse enquanto membros efetivos da CPI "o melhor trabalho para honrarmos os nossos compromissos" perante os portugueses. E rematou: "esta CPI irá esclarecer os portugueses" sobre o que se passou na Efacec.

A promessa surgiu quase em resposta ao pedido deixado por João Pedro Aguiar Branco, Presidente da Assembleia da República, a quem coube dar posse à CPI. "Sei que vão estar a altura do que os portugueses esperam de nós. É bom que tenhamos isso em mente", disse.

Lembrando que uma CPI não é uma novidade, nem é um drama, Aguiar Branco sublinhou que é "um direito e uma boa ferramenta de trabalho". "Analisar questões políticas, fiscalizar. É essa a nossa função", disse, acrescentando que espera que "a CPI pergunte o quem tem de perguntar sempre em busca da verdade".

A CPI foi pedida pela Iniciativa Liberal, tendo sido aprovada com votos de todos os partidos à exceção do PS. Nesta comissão, os deputados vão escrutinar a ação dos vários governantes no processo da Efacec, empresa que foi nacionalizada em 2020, sob pretexto de instabilidade acionista. À data, Isabel dos Santos tinha mais de 70% do capital.

Durante os anos em que o Estado foi acionista, foram injetadas várias centenas de milhões de euros na empresa, com o Tribunal de Contas a antecipar que as perdas podem ascender a 564 milhões. Para onde foi este dinheiro, quais as perdas efetivas para os contribuintes, mas também as motivações para a venda à Mutares, são outros dos pontos que serão analisados.

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