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Usar a Internet no telemóvel sem arruinar o orçamento

Não é preciso ter um "smartphone" de última geração para explorar as muitas potencialidades que o acesso à Internet no telemóvel já oferece. O custo deixou de ser uma barreira significativa com os pacotes diários, semanais e mensais das operadoras que...

Usar a Internet no telemóvel sem arruinar o orçamento
21 de Abril de 2010 às 09:30
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Não é preciso ter um "smartphone" de última geração para explorar as muitas potencialidades que o acesso à Internet no telemóvel já oferece. O custo deixou de ser uma barreira significativa com os pacotes diários, semanais e mensais das operadoras que permitem não arruinar o orçamento.


Quando se está sentado no aeroporto à espera de um voo atrasado, ou na sala de espera de um dentista, o telemóvel é um recurso cada vez mais importante para acesso ao "e-mail", à informação profissional e, até, ao lazer. Permite preencher o tempo "morto" com as novas músicas da banda preferida, descarregadas da loja "on-line" acessível no telefone, ou com a visualização dos vídeos da série que não conseguiu ver.

E se o custo da ligação à Internet era uma das principais barreiras a esta utilização, actualmente este problema foi minimizado com os pacotes que os operadores criaram para simplificar o acesso a dados e "dar descanso" aos clientes, que não querem ver as contas de telemóvel aumentarem drasticamente - ou o saldo a diminuir na mesma proporção -, só por terem caído na tentação de ver as primeiras páginas dos jornais ou o último episódio da série "Lost" no ecrã do telemóvel.

Alguns planos de preços de "smartphones" incluem já pacotes com tráfego de dados e fidelização, juntando os custos de chamadas de voz e Internet e garantindo descontos no valor de compra do equipamento. O modelo aplica-se ao iPhone, a terminais BlackBerry, Windows Phone e Android e é comum a todos os operadores, mas não é obrigatório. Qualquer cliente pode comprar o equipamento e manter o tarifário que já possui, sem adicionar a componente de Internet, mas essa é uma opção muito pouco recomendável.

Mesmo os equipamentos de gama média já não passam sem um "browser web" e acesso aos portais móveis que garante a instalação de aplicações, acesso a música em "streaming" ou carregamento de faixas dos cantores preferidos para o telemóvel, transformando-o num leitor de música portátil.

A verificação dos "e-mails" e a sua visualização no telemóvel ("push mail") , a navegação em mapas da Google, acesso a páginas "web" e descarga de músicas são mais algumas das aplicações que "consomem" dados, cobrados à parte dos planos de voz. A descoberta desta realidade foi dolorosa para muitos clientes, que só se aperceberam do custo depois de receberem chorudas contas no final do mês ou viram o seu saldo de cartões pré-pagos desaparecer rapidamente.

A solução foi encontrada pelos operadores - que não querem afastar os clientes destes serviços - com a introdução de planos de Internet diários e um valor a rondar um euro para um máximo de 10 ou 15 Megabytes (MB) de tráfego, dependendo dos operadores. E estes estão disponíveis para qualquer telemóvel com capacidade de acesso à Internet, e não apenas os novos "smartphones".

O sistema está agora pré-definido para qualquer cliente: sempre que começa a consumir dados, o tarifário diário entra automaticamente em vigor - se não estiver contratada outra tarifa - e até ao consumo de 10 ou 15 MB o cliente está seguro de que não pagará mais do que um euro por dia. Para quem tem um consumo mais regular ou intenso dos serviços de dados móveis, é mais lógico subscrever planos semanais ou mensais, com preços a partir de cinco euros e que garantem até um Gigabyte (GB) de tráfego por mês por um valor máximo de 20 euros.

A opção pela tarifa semanal deverá ser feita quando existe uma situação excepcional numa determinada semana, porque se o acesso é regular e acontece durante todo o mês não há justificação lógica para esta compartimentação.

Uma questão de preço
Como em qualquer plano tarifário, a questão acaba por se centrar inevitavelmente no preço, até porque os cinco a 20 euros por mês são somados aos planos de voz e já assumem algum peso num orçamento médio. As ofertas dos operadores têm grandes similaridades, com os valores diários a rondar um euro, embora a Vodafone tenha recentemente baixado o valor para 90 cêntimos. A TMN marca a diferença garantindo mais cinco MB de tráfego, importante para utilizadores mais intensivos.

Já no resto da configuração, é a operadora do Grupo Sonae que tem maior demarcação na oferta de Internet no telemóvel: todos os tarifários estão calculados à semana e, mesmo fazendo as contas para o total do mês, para os mesmos preços a Optimus oferece mais tráfego, o que se traduz em mais "e-mails" trocados, mais páginas "web" acedidas e mais "downloads". A oferta já foi igualada pela Vodafone, mas não pela TMN que aqui perde terreno como se pode ver no quadro dos tarifários.

A Optimus tem, ainda, a singularidade de ser a única operadora a chegar a um GB de tráfego, um valor que um utilizador regular terá muita dificuldade em consumir, a menos que "estoure" a mesada em descarregamentos de música de quatro MB cada, que normalmente são pagas a um euro ou mais cada nas lojas "on-line".

Pouca Internet nos MNVos
Fora dos três grandes operadores, a oferta de Internet para o telemóvel está ainda nos primórdios. A Rede4, suportada na rede da Optimus, tem também os preços "colados" à oferta da operadora do Grupo Sonae. A tarifa diária está igualmente nos 0,999 euros por dia, para 10 MB, sendo depois os cálculos feitos à semana para preços a partir de 1,25 euros e limites de 25 MB.

O operador dos CTT, Phone-ix, continua a manter o sistema de pagamento por pacotes de 10 kilobytes que já provou ser ruinoso para os utilizadores e a paciência de verificar as facturas, enquanto a Uzo, ligada à TMN, cobra o tráfego em pacotes de 100 kilobytes, considerando plafonds até 10 MByts, mas ainda sem recorrer aos planos de preço que são mais práticos.




O que pode enviar e receber?

Mesmo com os pacotes de dados, é sempre bom ter a noção dos ficheiros que pode enviar e receber dentro dos limites de tráfego definidos. E se, para os "e-mails", o número de mensagens que pode receber e enviar parte de 2.500 para quem tem 25 Megabytes por mês, o número de músicas que pode descarregar para o telemóvel é muitíssimo mais limitado.







"Roaming"? Só se não puder evitar

Primeiro, a Comissão Europeia preocupou-se com os preços das chamadas de voz em "roaming" dentro da Europa, obrigando os operadores a baixar, gradualmente, os preços para um tecto máximo de 19 cêntimos para as chamadas recebidas e de 43 cêntimos nas chamadas de voz realizadas a partir de qualquer país da União Europeia.

Depois, o Bruxelas visou também as comunicações de dados, no computador e no telemóvel.

O objectivo era o de evitar "sustos" como o de um turista alemão que, de viagem a França, decidiu descarregar da Internet um programa de televisão. A conta atingiu os 46 mil euros.

As regras definidas baixam gradualmente os preços a cobrar por cada MB de tráfego até aos 50 cêntimos em 2011. Os sistemas de "segurança" adicionais, como o limite de 50 euros gastos na Internet móvel em "roaming" para todos os clientes, que já entrou em vigor em Março deste ano, obriga os operadores a avisarem os consumidores sempre que estes atingirem 80% do valor acordado.





Procure as diferenças nas ofertas

Acontece em vários tarifários: o efeito de contágio torna as ofertas dos operadores muito semelhantes, anulando a diferenciação que seria possível e justificaria "saltar" de fornecedor de serviço por causa do preço. A combinação-chave é entre o preço (por dia ou por mês) e o volume de tráfego. E se, no preço, quanto menor o valor, melhor, no tráfego a opção é ao contrário: quanto mais, melhor.

Apesar da semelhança das ofertas, a proposta da Optimus é ligeiramente mais atraente, em preço e, também, no pacote de dados que pode descarregar por mês.


(*) A Optimus apresenta as opções de Internet no móvel em modelo Diário e Semanal. Aqui, optámos para fazer, também, as contas aos gastos por mês - considerando quatrio semanas - por uma questão de harmonização com as ofertas dos outros operadores.





"Smartphones always on"

Os ambientes e sistemas operativos dos novos "smartphones" são pensados para estarem ligados permanentemente à Internet, fazendo sincronização regular com os sistemas centrais. É assim que as mensagens de correio electrónico podem chegar ao seu telemóvel pouco depois de "aterrarem" na sua "inbox", ou que consegue manter sempre actualizada a aplicação de informação do tempo nas cidades escolhidas e os dados da bolsa.

Os telemóveis BlackBerry, iPhone, Android, Windows Phone e Symbian dependem destes sistemas de sincronização em grande parte dos serviços, embora os utilizadores possam bloquear essa sincronização, ou definir intervalos de tempo mais largos para a comunicação de dados. O problema é que grande parte dos utilizadores de "smartphones" não sabem fazer esta configuração, ou não se dão ao trabalho de o fazer, correndo o risco de terem "surpresas" no final do mês.

A verdade, também, é que a utilidade e a maioria das vantagens dos "smartphones" desaparecem se forem bloqueados os sistemas de sincronização. Para que é que vale ter um telemóvel que dá acesso à caixa de correio se tiver esta funcionalidade desligada? O mesmo se passa com os mapas, ou a navegação "web". É como ter um carro desportivo e depois não investir nos pneus certos.

Por isso mesmo, vale a pena considerar os pacotes tarifários que os operadores prepararam para acompanhar os "smartphones" que comercializam, ou os planos tarifários de Internet móvel que referimos neste texto, que se apresentam como uma forma fácil e flexível de adicionar a navegação "web" sem se "obrigar" a uma fidelização de dois anos.









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