Notícia
Portáteis a custo zero no regresso às aulas
No regresso à escola, o material didáctico pode ser enriquecido com um computador portátil que dá aos alunos acesso à Internet e a recursos educativos que podem trazer um novo ânimo ao estudo. Os programas e-escola e e-escolinha facilitam a compra dos portáteis, com custo zero para alunos com menores recursos.
19 de Setembro de 2008 às 07:00
Já ninguém duvida que o acesso ao conhecimento proporcionado pelas ferramentas das Tecnologias de Informação são uma mais-valia preciosa no processo educativo, adicionando facilidade de pesquisa e de acesso a conteúdos com a atracção de elementos multimédia difíceis de reproduzir com papel e lápis ou mesmo com os "velhos" quadros de ardósia negra.
O elemento motivação também não deve ser retirado desta equação, com os alunos de todas as idades a mostrarem maior apetência para usarem computadores e outras ferramentas multimédia, escutando e lendo com mais prazer e completando tarefas sem mostrarem enfado, até porque o PC já entrou na vida da maioria dos jovens e a televisão é um companheiro habitual.
Por tudo isto, há que considerar seriamente a possibilidade de introduzir um novo elemento na lista de material para o regresso às aulas: um computador portátil. No ano passado, antes de Setembro, o Governo e os operadores móveis lançaram o programa "e-escola" onde se previa a distribuição de portáteis a alunos do 10º ano de escolaridade, com custos máximos de 150 euros na aquisição do equipamento, a que se somava a mensalidade do acesso Internet definido consoante o tipo de rendimentos do agregado familiar.
O programa foi sendo alargado aos alunos de diferentes anos lectivos do ensino básico e secundário, estando agora disponível para alunos do 7º ao 12º ano, assim como professores e formandos do programa "Novas Oportunidades".
Verbas disponíveis
Com a utilização das verbas destinadas pelos operadores a projectos na área da Sociedade da Informação, este programa consegue colocar nas mãos dos alunos portáteis que têm um valor de mercado de cerca de 700 euros a custo máximo de 150 euros, mas que pode ser zero no caso dos alunos serem beneficiários da Acção Social Escolar.
As marcas e os modelos disponíveis neste programa foram também sendo alargados ao longo do último ano e o leque de escolha é já variado, sendo que estão asseguradas características mínimas definidas pelos gestores do programa no Ministério das Obras Públicas Transportes e Telecomunicações, que conseguiram condições especiais de fornecimento de "hardware" e "software" da Intel e da Microsoft, assim como o envolvimento de alguns fabricantes.
Com o alargamento do âmbito do programa foram, também, sendo actualizados os objectivos de aderentes, inicialmente definidos para 600 mil. Os últimos números conhecidos, de Junho de 2008, apontavam para 290 mil inscritos e 180 mil portáteis entregues, uma taxa mais do que razoável ao fim de um ano no terreno.
A adesão poderá ser reforçada com o Regresso às aulas, sobretudo com a criação de novas condições de equipamento e conectividades nas escolas, com o avanço do Plano Tecnológico da Educação. No ano lectivo de 2008/2009 serão 1.200 escolas do segundo e terceiro ciclo do ensino básico e secundário (do 7º ao 12º ano) que vão contar com redes locais com e sem fios, assim como acesso Internet em fibra óptica com velocidades acima de 48 Mbps.
São estas as características da primeira rede de Nova Geração em Portugal, sobre a qual serão suportados diversos serviços e conteúdos dirigidos à população escolar mas, também, de organização e gestão das escolas.
Quatro escolhas correctas
Entre as várias opções disponibilizadas pelos operadores no âmbito do "e-escola", algumas máquinas apresentam características reforçadas que justificam a escolha. Veja quatro dos "notebooks" que os alunos do 7º ao 12º ano podem levar para casa.
Portátil Toshiba Satellite L40 Notebook
Monitor 15,4" WXGA
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Memória 2GB
Disco 200GB
Gravador de DVD Dual
Wi-Fi
Webcam integrada 1.3 Mega Pixels
Windows Vista Premium
Office 2007 em Português
Disponível na oferta da Vodafone
INSYS.t GameForce 8761SU
Monitor 15,4" WXGA CinemaBrite
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Gráfica Dedicada nVidia GeForce 9300M GS 256Mb GDDRII
Memória 4GB
Disco 250GB
Gravador de DVD DL
WI-FI e Leitor de cartões 7-em-1
WebCam Interna 1.3Mpix
Linux Caixa Mágica 12 Pro
OpenOffice 2.3.1 em Português
Disponível na oferta da TMN
Portátil HP 6720s
Monitor 15,4" WXGA
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Memória 2GB
Disco 250GB
Gravador de DVD
Leitor de cartões de memória SD/MMC
Wi-Fi
Windows Vista Premium
Office 2007 em Português.
Disponível na oferta da TMN
Portátil Acer Extensa 5620Z
Processador Intel® Pentium® Dual-Core 2390, 1.86 GHz
Ecrã TFT de 15.4" WXGA panorâmico
Memória RAM 2Gb
Disco 250Gb
Gravador de DVD Dual
Card Reader 5 em 1
Wi-Fi
Webcam integrada 1.3 Mega Pixels
Windows® Vista Home Premium
Office 2007
2 anos garantia
Disponível na oferta da TMN e Optimus
Nota – Informação recolhida do site da Iniciativa e-escola.
Magalhães para navegadores mais jovens
O pequeno computador portátil que tem o nome do navegador português já fez correr rios de tinta nos jornais e nos blogues. Anunciado com pompa e circunstância numa cerimónia de elevada participação governamental, o computador baseia-se no design Classmate da Intel, especialmente concebido para crianças com idades entre os seis e os 10 anos de idade. A produção nacional, a cargo da empresa JP Sá Couto, inaugura em Portugal a produção de portáteis com componentes fabricados em Portugal, o que é também uma das bandeiras do projecto, que poderá ser exportado para outros países, nomeadamente a Venezuela.
Como virtuosidade, o Magalhães tem o facto de poder levar às escolas do primeiro ciclo as ferramentas informáticas, com conteúdos adaptados à idade e currículo dos seus utilizadores. E o preço a que os equipamentos serão disponibilizados, com custos zero para beneficiários da Acção Social Escolar ou um máximo de 50 euros para os restantes alunos, é também de realçar, sobretudo quando projectos internacionais para levar "notebooks" a crianças de países desfavorecidos fixam os preços acima dos 100 dólares, como a iniciativa de Nicholas Negroponte, One Laptop per Child, desenvolvida no MIT.
Mas, apesar da proximidade do início do ano escolar, à data de fecho desta edição subsistem ainda vários elementos a afinar neste projecto. Apesar de ser conhecida a intenção do Ministério da Educação de distribuir os portáteis Magalhães através das escolas e de haver uma articulação com pais e educadores, que passa até pela formação, ainda ninguém consegue confirmar concretamente a forma como o processo irá decorrer. Da mesma forma, não está confirmado se este programa "e-escolinhas" irá exigir uma obrigatoriedade de ligação à Internet – à semelhança do "e-escolas".
E estas duas questões têm uma importância extrema para que a iniciativa seja bem sucedida.
Magalhães A oferta de computadores está programada, mas desconhece-se como irá ser concretizada.
O melhor e o pior do "e-escola"
Melhor
Preço
Os alunos de famílias com baixos recursos económicos podem ter a sua ligação Internet por apenas cinco euros por mês, também com fidelização de 36 meses. Se não forem beneficiários de Acção Social Escolar, nem de famílias de baixo rendimento, o custo da ligação é de 17,5 euros para uma velocidade de 512 Kbps, num valor que será sempre cinco euros abaixo do preço de referência.
Equipamento
Por um preço máximo de 150 euros, os alunos do 7º ao 12º ano levam para casa um computador portátil com características equivalentes aos que encontram nas lojas, a custos que rondam os 700 euros. Ficam com uma ferramenta para usar ao longo do seu percurso escolar e que já integra "software" de produtividade como o Office ou o OpenOffice (no caso de o sistema operativo ser o Linux).
Integração
Para além de serem uma ferramenta de trabalho pessoal, os computadores portáteis do "e-escola" integram-se, também, com os novos sistemas para as escolas que estão a ser desenvolvidos no Plano Tecnológico da Educação. Já em Setembro, uma centena de escolas arranca com redes locais que levam a Internet às salas de aula e a outros espaços da escola, por rede Ethernet (com fios) ou Wi-Fi (sem fios). Através destas ligações, os alunos podem, também, aceder ao Portal da Escola, onde o Ministério da Educação vai colocar conteúdos educativos validados, e a serviços da escola, através da Escola Simplex, que se integra com o novo Cartão do Aluno.
PIOR
Fidelização
Numa altura em que os operadores começam a desistir do modelo de fidelização das ligações de banda larga móveis e apostam nos pré-pagos, a obrigação de se manter ligado à Internet por 36 meses pode assustar os educadores, sobretudo se já tiverem outras ligações de banda larga, móveis ou fixas, em casa. No caso dos formandos do Programa Novas Oportunidades a fidelização é de apenas 12 meses.
O elemento motivação também não deve ser retirado desta equação, com os alunos de todas as idades a mostrarem maior apetência para usarem computadores e outras ferramentas multimédia, escutando e lendo com mais prazer e completando tarefas sem mostrarem enfado, até porque o PC já entrou na vida da maioria dos jovens e a televisão é um companheiro habitual.
O programa foi sendo alargado aos alunos de diferentes anos lectivos do ensino básico e secundário, estando agora disponível para alunos do 7º ao 12º ano, assim como professores e formandos do programa "Novas Oportunidades".
Verbas disponíveis
Com a utilização das verbas destinadas pelos operadores a projectos na área da Sociedade da Informação, este programa consegue colocar nas mãos dos alunos portáteis que têm um valor de mercado de cerca de 700 euros a custo máximo de 150 euros, mas que pode ser zero no caso dos alunos serem beneficiários da Acção Social Escolar.
As marcas e os modelos disponíveis neste programa foram também sendo alargados ao longo do último ano e o leque de escolha é já variado, sendo que estão asseguradas características mínimas definidas pelos gestores do programa no Ministério das Obras Públicas Transportes e Telecomunicações, que conseguiram condições especiais de fornecimento de "hardware" e "software" da Intel e da Microsoft, assim como o envolvimento de alguns fabricantes.
Com o alargamento do âmbito do programa foram, também, sendo actualizados os objectivos de aderentes, inicialmente definidos para 600 mil. Os últimos números conhecidos, de Junho de 2008, apontavam para 290 mil inscritos e 180 mil portáteis entregues, uma taxa mais do que razoável ao fim de um ano no terreno.
A adesão poderá ser reforçada com o Regresso às aulas, sobretudo com a criação de novas condições de equipamento e conectividades nas escolas, com o avanço do Plano Tecnológico da Educação. No ano lectivo de 2008/2009 serão 1.200 escolas do segundo e terceiro ciclo do ensino básico e secundário (do 7º ao 12º ano) que vão contar com redes locais com e sem fios, assim como acesso Internet em fibra óptica com velocidades acima de 48 Mbps.
São estas as características da primeira rede de Nova Geração em Portugal, sobre a qual serão suportados diversos serviços e conteúdos dirigidos à população escolar mas, também, de organização e gestão das escolas.
Quatro escolhas correctas
Entre as várias opções disponibilizadas pelos operadores no âmbito do "e-escola", algumas máquinas apresentam características reforçadas que justificam a escolha. Veja quatro dos "notebooks" que os alunos do 7º ao 12º ano podem levar para casa.
Portátil Toshiba Satellite L40 Notebook
Monitor 15,4" WXGA
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Memória 2GB
Disco 200GB
Gravador de DVD Dual
Wi-Fi
Webcam integrada 1.3 Mega Pixels
Windows Vista Premium
Office 2007 em Português
Disponível na oferta da Vodafone
INSYS.t GameForce 8761SU
Monitor 15,4" WXGA CinemaBrite
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Gráfica Dedicada nVidia GeForce 9300M GS 256Mb GDDRII
Memória 4GB
Disco 250GB
Gravador de DVD DL
WI-FI e Leitor de cartões 7-em-1
WebCam Interna 1.3Mpix
Linux Caixa Mágica 12 Pro
OpenOffice 2.3.1 em Português
Disponível na oferta da TMN
Portátil HP 6720s
Monitor 15,4" WXGA
Processador Intel Pentium Dual Core T2390 1,86 GHZ
Memória 2GB
Disco 250GB
Gravador de DVD
Leitor de cartões de memória SD/MMC
Wi-Fi
Windows Vista Premium
Office 2007 em Português.
Disponível na oferta da TMN
Portátil Acer Extensa 5620Z
Processador Intel® Pentium® Dual-Core 2390, 1.86 GHz
Ecrã TFT de 15.4" WXGA panorâmico
Memória RAM 2Gb
Disco 250Gb
Gravador de DVD Dual
Card Reader 5 em 1
Wi-Fi
Webcam integrada 1.3 Mega Pixels
Windows® Vista Home Premium
Office 2007
2 anos garantia
Disponível na oferta da TMN e Optimus
Nota – Informação recolhida do site da Iniciativa e-escola.
Magalhães para navegadores mais jovens
O pequeno computador portátil que tem o nome do navegador português já fez correr rios de tinta nos jornais e nos blogues. Anunciado com pompa e circunstância numa cerimónia de elevada participação governamental, o computador baseia-se no design Classmate da Intel, especialmente concebido para crianças com idades entre os seis e os 10 anos de idade. A produção nacional, a cargo da empresa JP Sá Couto, inaugura em Portugal a produção de portáteis com componentes fabricados em Portugal, o que é também uma das bandeiras do projecto, que poderá ser exportado para outros países, nomeadamente a Venezuela.
Como virtuosidade, o Magalhães tem o facto de poder levar às escolas do primeiro ciclo as ferramentas informáticas, com conteúdos adaptados à idade e currículo dos seus utilizadores. E o preço a que os equipamentos serão disponibilizados, com custos zero para beneficiários da Acção Social Escolar ou um máximo de 50 euros para os restantes alunos, é também de realçar, sobretudo quando projectos internacionais para levar "notebooks" a crianças de países desfavorecidos fixam os preços acima dos 100 dólares, como a iniciativa de Nicholas Negroponte, One Laptop per Child, desenvolvida no MIT.
Mas, apesar da proximidade do início do ano escolar, à data de fecho desta edição subsistem ainda vários elementos a afinar neste projecto. Apesar de ser conhecida a intenção do Ministério da Educação de distribuir os portáteis Magalhães através das escolas e de haver uma articulação com pais e educadores, que passa até pela formação, ainda ninguém consegue confirmar concretamente a forma como o processo irá decorrer. Da mesma forma, não está confirmado se este programa "e-escolinhas" irá exigir uma obrigatoriedade de ligação à Internet – à semelhança do "e-escolas".
E estas duas questões têm uma importância extrema para que a iniciativa seja bem sucedida.
Magalhães A oferta de computadores está programada, mas desconhece-se como irá ser concretizada.
O melhor e o pior do "e-escola"
Melhor
Preço
Os alunos de famílias com baixos recursos económicos podem ter a sua ligação Internet por apenas cinco euros por mês, também com fidelização de 36 meses. Se não forem beneficiários de Acção Social Escolar, nem de famílias de baixo rendimento, o custo da ligação é de 17,5 euros para uma velocidade de 512 Kbps, num valor que será sempre cinco euros abaixo do preço de referência.
Equipamento
Por um preço máximo de 150 euros, os alunos do 7º ao 12º ano levam para casa um computador portátil com características equivalentes aos que encontram nas lojas, a custos que rondam os 700 euros. Ficam com uma ferramenta para usar ao longo do seu percurso escolar e que já integra "software" de produtividade como o Office ou o OpenOffice (no caso de o sistema operativo ser o Linux).
Integração
Para além de serem uma ferramenta de trabalho pessoal, os computadores portáteis do "e-escola" integram-se, também, com os novos sistemas para as escolas que estão a ser desenvolvidos no Plano Tecnológico da Educação. Já em Setembro, uma centena de escolas arranca com redes locais que levam a Internet às salas de aula e a outros espaços da escola, por rede Ethernet (com fios) ou Wi-Fi (sem fios). Através destas ligações, os alunos podem, também, aceder ao Portal da Escola, onde o Ministério da Educação vai colocar conteúdos educativos validados, e a serviços da escola, através da Escola Simplex, que se integra com o novo Cartão do Aluno.
PIOR
Fidelização
Numa altura em que os operadores começam a desistir do modelo de fidelização das ligações de banda larga móveis e apostam nos pré-pagos, a obrigação de se manter ligado à Internet por 36 meses pode assustar os educadores, sobretudo se já tiverem outras ligações de banda larga, móveis ou fixas, em casa. No caso dos formandos do Programa Novas Oportunidades a fidelização é de apenas 12 meses.