Notícia
iPad2 - À frente da concorrência?
Mais fino, mais rápido e agora com câmaras fotográficas e capas coloridas, o novo iPad promete manter a concorrência à distância. E os primeiros dias de vendas provam que continua a haver mercado para o novo tablet que chega a Portugal esta semana.
23 de Março de 2011 às 08:50
Mais de um ano depois de a Apple ter lançado o iPad, a concorrência continua sem conseguir atinar com o modelo certo para fazer concorrência séria ao primeiro "tablet" da marca da maçã. O crédito deve-se à empresa liderada por Steve Jobs e à sua máquina de "marketing", mas a Apple também tem sabido manter-se à frente na inovação nesta área. E mesmo quando vários fabricantes aproveitavam o palco das primeiras grandes feiras do ano para mostrarem as suas novas propostas em "tablets" - prometendo "iPad killers" - a norte-americana lançava a nova versão do iPad, melhorando algumas das especificações e características mas mantendo a linha estratégica já definida.
O novo iPad assume uma importância grande para o negócio da Apple, não só em volume de vendas e rendibilidade mas, também, na própria imagem de marca. E prova disso é o facto de Steve Jobs ter interrompido uma baixa médica para fazer pessoalmente a apresentação da segunda versão do conceito, o que reforçou a confiança do mercado.
Desde que a Apple renovou a sua estratégia de produtos que os resultados financeiros da empresa têm vindo sempre a melhorar. O que não é nada mau para uma companhia que foi considerada falida nos anos 90 mas que conseguiu reinventar-se e voltar aos lucros em 1998, garantindo um lugar de topo entre as maiores tecnológicas. No último trimestre financeiro - que terminou a 25 de Dezembro de 2010 - a Apple registou receitas recorde de 26,74 mil milhões de dólares, com um lucro de 6 mil milhões, avalizados por uma invejável margem de quase 40%. Neste período, os três meses antes do Natal, a Apple vendeu 4,13 milhões de computadores Mac, 16,2 milhões de iPhones e 7,33 milhões de iPads.
No total do ano foram somadas 15 milhões de unidades vendidas que renderam à Apple 9,5 mil milhões de dólares e uma quota de mercado superior a 90%.
Quem apontava o iPad como o fiasco do ano de 2010 - ainda antes de ter começado a ser vendido - ou garantia que não havia mercado para mais do que curtos milhões de unidades vendidas, só tem agora de retratar-se, porque o "tablet" continua a vender a um ritmo impressionante. E mesmo sem grandes inovações, a versão 2 do iPad conseguiu levar às lojas milhares de consumidores ansiosos por comprar o equipamento logo nas primeiras horas, fazendo com que o "stock" se tivesse esgotado no primeiro fim-de-semana de vendas nos Estados Unidos, logo a seguir ao lançamento a 11 de Março. As estimativas apontam para 400 a 500 mil iPad 2 vendidos em apenas dois dias.
Em Portugal o iPad 2 começa a ser vendido esta semana, no dia 25 de Março, e tudo indica que a Apple mantenha a mesma estratégia de continuar a colocar o equipamento nas lojas sem uma ligação directa aos operadores de telecomunicações - e aos planos de preços de dados. Mas é natural que mais uma vez a Optimus, TMN e Vodafone não queiram passar ao lado deste lançamento e anunciem pacotes especiais "iPad", ou reforcem a comunicação dos que já existem.
Melhor do que ninguém as operadoras sabem que os utilizadores dos iPhones e iPads geram mais tráfego de dados e ajudam a engordar as receitas nesta área, superando a utilização feita noutros "smartphones" e "tablets".
A receita de sucesso está identificada e centra-se na combinação certa de vários factores: "design" apelativo, interface simples de usar e acesso e milhares de aplicações através da loja da Apple. Por muito que se refira que este é um modelo cada vez mais fechado - em que a Apple controla todos os factores da equação e dá pouca margem à livre concorrência - a grande maioria dos utilizadores não quer saber e continua a usar alegremente os dispositivos, descarregado aplicações gratuitas e pagas, músicas e navegando na "web", contribuindo para a saúde financeira da Apple.
Ameaça a outras categorias de "gadgets"?
Mesmo que o iPad seja o ícone mais brilhante da crescente constelação de "tablets" que povoam as lojas, todo o marcado destes dispositivos tem crescido em conjunto. Segundo os últimos números da Gartner para o mercado de computadores, a popularidade dos "tablets", leitores digitais e "smartphones" está a afectar as vendas de portáteis e "netbooks", especialmente em mercados já consolidados, como os Estados Unidos, Canadá e Europa.
À medida que os "tablets" adquirem funcionalidades de complementaridade e até substituição dos PC para acesso a informação, os consumidores tenderão a atrasar a compra de novos computadores, reduzindo a velocidade de substituição dos equipamentos, o que se torna ainda mais premente numa conjuntura de crise. Talvez por isso os principais fabricantes estejam tão empenhados em jogar nos vários tabuleiros.
O novo iPad assume uma importância grande para o negócio da Apple, não só em volume de vendas e rendibilidade mas, também, na própria imagem de marca. E prova disso é o facto de Steve Jobs ter interrompido uma baixa médica para fazer pessoalmente a apresentação da segunda versão do conceito, o que reforçou a confiança do mercado.
No total do ano foram somadas 15 milhões de unidades vendidas que renderam à Apple 9,5 mil milhões de dólares e uma quota de mercado superior a 90%.
Quem apontava o iPad como o fiasco do ano de 2010 - ainda antes de ter começado a ser vendido - ou garantia que não havia mercado para mais do que curtos milhões de unidades vendidas, só tem agora de retratar-se, porque o "tablet" continua a vender a um ritmo impressionante. E mesmo sem grandes inovações, a versão 2 do iPad conseguiu levar às lojas milhares de consumidores ansiosos por comprar o equipamento logo nas primeiras horas, fazendo com que o "stock" se tivesse esgotado no primeiro fim-de-semana de vendas nos Estados Unidos, logo a seguir ao lançamento a 11 de Março. As estimativas apontam para 400 a 500 mil iPad 2 vendidos em apenas dois dias.
Em Portugal o iPad 2 começa a ser vendido esta semana, no dia 25 de Março, e tudo indica que a Apple mantenha a mesma estratégia de continuar a colocar o equipamento nas lojas sem uma ligação directa aos operadores de telecomunicações - e aos planos de preços de dados. Mas é natural que mais uma vez a Optimus, TMN e Vodafone não queiram passar ao lado deste lançamento e anunciem pacotes especiais "iPad", ou reforcem a comunicação dos que já existem.
Melhor do que ninguém as operadoras sabem que os utilizadores dos iPhones e iPads geram mais tráfego de dados e ajudam a engordar as receitas nesta área, superando a utilização feita noutros "smartphones" e "tablets".
A receita de sucesso está identificada e centra-se na combinação certa de vários factores: "design" apelativo, interface simples de usar e acesso e milhares de aplicações através da loja da Apple. Por muito que se refira que este é um modelo cada vez mais fechado - em que a Apple controla todos os factores da equação e dá pouca margem à livre concorrência - a grande maioria dos utilizadores não quer saber e continua a usar alegremente os dispositivos, descarregado aplicações gratuitas e pagas, músicas e navegando na "web", contribuindo para a saúde financeira da Apple.
Ameaça a outras categorias de "gadgets"?
Mesmo que o iPad seja o ícone mais brilhante da crescente constelação de "tablets" que povoam as lojas, todo o marcado destes dispositivos tem crescido em conjunto. Segundo os últimos números da Gartner para o mercado de computadores, a popularidade dos "tablets", leitores digitais e "smartphones" está a afectar as vendas de portáteis e "netbooks", especialmente em mercados já consolidados, como os Estados Unidos, Canadá e Europa.
À medida que os "tablets" adquirem funcionalidades de complementaridade e até substituição dos PC para acesso a informação, os consumidores tenderão a atrasar a compra de novos computadores, reduzindo a velocidade de substituição dos equipamentos, o que se torna ainda mais premente numa conjuntura de crise. Talvez por isso os principais fabricantes estejam tão empenhados em jogar nos vários tabuleiros.
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Três "tablets" que já pode comprar em Portugal
Se não quer esperar que o iPad 2 chegue às lojas, já há no mercado português outras opções que podem merecer o seu interesse.
iPad
A versão original está agora mais barata, mas vale a pena comparar as diferenças para ver se o investimento ainda é válido. É como comprar uma versão já renovada de um carro: só vale a pena se as novas funcionalidades não fizerem falta e o preço compensar a diferença. Neste caso sempre são 120 euros na versão mais barata.
Galaxy Tab
A versão de 7 polegadas vai ser em breve substituída pelo novo modelo de 10 polegadas, que a Vodafone já garantiu que vai comercializar a partir deste mês em Portugal. As mesmas contas sobre a validade das duas propostas que fizer para o iPad podem ser aplicadas neste caso, já que o novo Galaxy Tab custará 699 euros e o modelo de 7 polegadas custa agora 479,90 euros.
Toshiba Folio 100
Também está prestes a ser substituído por um modelo novo, com a nova versão do Android especialmente desenhada para "tablets", mas o substituto ainda não tem nome nem data de chegada ao mercado, e talvez por isso o PVP ainda se mantém nos 399 euros.
Cinco concorrentes a curto e médio prazo
A nova geração de concorrentes do iPad pode começar a chegar às lojas já em Março, mas alguns modelos não têm ainda data de comercialização definida. As opções variam entre sistemas Android, Windows, PalmOS e BlackBerry.
Samsung Galaxy Tab 10"
Todos os sinais indicam que este será o primeiro dos novos concorrentes a chegar às lojas. A Samsung já apresentou o novo modelo em Barcelona e apesar de ter um ecrã de 10,1 polegadas pesa menos de 600 gramas. O processador é um Dual Core de 1Ghz e tem suporte de conectividade 4G (HSPA+ 21Mbps), Bluetooth 2.1+EDR e Wi-Fi 802.11 a/b/g/n. O espaço de armazenamento é de 16 ou 32 GB e o "tablet" continua a apresentar duas câmaras, mas de capacidade melhorada para os 8MP na câmara traseira, que conta com flash LED.
Preço 699 euros
Data de comercialização Março de 2011
BlackBerry PlayBook
Promete ser um dos principais concorrentes do iPad nos Estados Unidos, onde a marca BlackBerry continua a ter o peso significativo nos "smartphones". A principal diferenciação faz-se mesmo pelo sistema operativo que suporta as funcionalidades do PlayBook, e a sua usabilidade. A data para chegar às lojas não está definida, mas alguns rumores apontam ainda para o final deste mês. O "tablet" conta com um processador "dual-core" de 1 GHz, 1 GB de RAM e multi processamento simétrico, que falta ao iPad. O suporte ao Flash é também um dos argumentos a seu favor, assim como a conectividade alargada, que inclui acesso a redes 3G usando o "smartphone" BlackBerry como modem, a ligação 4G, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n e Bluetooth 2.1.
Preço Não definido
Comercialização Talvez no final de Março
TouchPad da HP
O novo HP TouchPad com WebOS traz alguns toques de diferenciação interessantes à guerra dos "tablets". Com o sistema operativo importado da Palm, que a HP comprou, o TouchPad inclui alguns truques, como a partilha de conteúdos com os telemóveis da marca, por enquanto limitada a páginas Web. O "tablet" pode "transferir" informação sobre uma página "web" aberta no "browser" simplesmente com um toque do telemóvel sobre o equipamento. O efeito visível é apenas uma espécie de "ondulação" no ecrã, e como se fosse magia a página fica aberta também no telemóvel. O ecrã não chega às 10 polegadas (são 9,7 polegadas) e só tem uma câmara de vídeo frontal, de 1,3 megapixels. O processador é um Snapdragon dual-CPU de 1,2GHz da Qualcomm e a memória interna é de 16 ou 32 GBytes.
Preço Não definido
Data de comercialização Junho nos Estados Unidos, "ainda" este ano na Europa
Acer ICONIA Tab W500
Mais "notebook" do que qualquer dos outros modelos, o Acer ICONIA Tab é um híbrido que junta um encaixe com o teclado para quem precisa de escrever e não se adapta aos ecrãs "touchscreen", ou se sente limitado por eles. Por dentro o sistema operativo é o Windows 7, que tem ainda que provar ser suficientemente rápido e "leve" para pequenos dispositivos que se querem ligar de forma instantânea e sem problemas de "software". Prestes a chegar ao mercado europeu, o preço deverá rondar os 500 euros.
Preço A rondar os 500 euros
Data de comercialização Final de Abril
Motorola Xoom
Provavelmente não terá grande expressão em Portugal, mas nos Estados Unidos o Xoom da Motorola quer posicionar-se na lista dos principais concorrentes do iPad. O "tablet" da fabricante norte americana tem também um ecrã de 10,1 polegadas e sistema operativo Android 3.0 (Honeycomb) e já está à venda através da Verizon por 599,99 dólares se acompanhado por um contrato de fidelização de dois anos, estando prevista a chegada à Europa em Abril. Entre as características conta-se um processador dual-core de 1GHz, uma câmara de cinco megapixéis na retaguarda e outra de dois megapixéis na parte da frente, para videochamadas.
Preço 599,99 dólares
Data de comercialização Já à venda nos Estados Unidos. Deve chegar à Europa em Abril.