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Fundos reanimam mas Dubai e Grécia assustam

As carteiras sugeridas pelos supermercados de fundos recuperaram vigor em Dezembro, num período de recuperação das acções e em que a dívida das empresas também deu bons frutos. Só o susto nas bolsas provocado pelo receio de incumprimento do pagamento da...

05 de Janeiro de 2010 às 09:40
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As carteiras sugeridas pelos supermercados de fundos recuperaram vigor em Dezembro, num período de recuperação das acções e em que a dívida das empresas também deu bons frutos. Só o susto nas bolsas provocado pelo receio de incumprimento do pagamento da dívida no Dubai e o corte de "rating" da dívida de países como a Grécia impediram maiores ganhos.





Conheça oito carteiras de fundos

ActivoBank7
Risco grego impediu maior retorno

O período de consolidação de ganhos nas bolsas, iniciado a 19 de Outubro, deu lugar a novos ganhos nos mercados accionistas, que atingiram um novo máximo do ano a 16 de Dezembro. As carteiras de fundos sugeridas pelo ActivoBank, que se mantiveram este mês inalteradas face a Novembro, conseguiram beneficiar do regresso das valorizações à bolsa.

A carteira prudente sugerida pelo banco acumula uma valorização de 5,59% nos cinco meses até Dezembro - desde que o Negócios iniciou a actual rubrica -, contra os 3,52% acumulados até Novembro.

Quem segue a carteira mais agressiva do ActivoBank conseguiu ganhos ainda mais expressivos. Acumula agora 9,82% de valorização, contra 7,34% até Novembro. Isto significa que um investimento de 100 mil euros efectuado há cinco meses garante já 9.824 euros de retorno. E o ganho poderia ser ainda mais expressivo, caso as notícias sobre o corte de "rating" da dívida dos países do Sul da Europa, em especial da Grécia não tivessem derrubado as bolsas na terceira semana de Dezembro. Gonçalo Gomes, da direcção de Marketing do ActivoBank7 realça ainda o papel penalizador do anúncio do "fim dos programas de crédito da Reserva Federal (Fed) no próximo dia 1 de Fevereiro". A reacção negativa do mercado, que levou o dólar a "um máximo de 3 meses face ao euro, é um claro sinal de que os investidores ainda estão apreensivos sobre a consolidação da recuperação económica".

O especialista considera que, apesar de ser improvável que se assista este ano a um rápido crescimento económico antevê que as notícias venham a ser mais positivas que negativas ao longo dos próximos 12 anos.




Banco Best
Crise no Dubai penaliza rendibilidade

O desempenho das carteiras do Banco Best, em especial a mais conservadora foi, no mês passado, "condicionada essencialmente pela performance negativa do fundo Schroder ISF Emerging Markets Debt Absolute Return B EUR Hdg Acc, que esteve penalizado pelos eventos do Dubai, que fomentaram receios sobre a dívida de outros estados soberanos, nomeadamente nas economias emergentes". Por outro lado, "a exposição a matérias-primas e a boa performance do fundo Franklin Mutual Global Discovery N evitaram maiores quedas na carteira Prudente", explicam os especialistas da direcção de investimentos do Banco Best.

Nos últimos cinco meses, a carteira mais conservadora do Best acumulou 3,35%, menos que os 3,51% conseguidos de Julho a Novembro.

"Já na carteira agressiva, os ganhos nas temáticas Agribusiness, China, matérias-primas contribuíram para as apreciações", realçam os especialistas. Neste cabaz, os ganhos chegaram aos 5,96% nos cinco meses até Dezembro, enquanto no mês anterior se ficaram pelos 4,39%.

Em Dezembro, o Banco Best alterou a exposição da "carteira Prudente ao fundo Schroder ISF Emerging Markets Debt Absolute Return B EUR Hdg Acc, por aumento da alocação ao fundo PIMCO Total Return Bond E EUR (Hedged), dadas as recentes incertezas que surgiram nestas regiões com a situação do Dubai". Ainda assim, os especialistas avançam que continuam a "a acreditar nas oportunidades de longo prazo deste mercados".

A segunda alteração "é a substituição do fundo CAAM Funds Volatility Euro Equities S por um fundo da mesma gestora, o CAAM Funds Dynarbitrage VaR 4 EUR S", que oferece maior diversificação.




Banco BIG
Diversificação protege da incerteza

As carteiras sugeridas pelo Banco BIG mantiveram-se sem alterações face ao mês anterior em Dezembro. As obrigações continuam, por isso, a ter maior preponderância nos cabazes do banco.

"Os preços das principais classes de activos têm lateralizado nas últimas semanas com as opiniões dos especialistas a dividirem-se no que respeita à sustentabilidade da recuperação iniciada em Março último. Mantemos as carteiras bem diversificadas em termos de prémios de risco de mercado o que julgamos ser o mais adequado em função da actual conjuntura", Rui Broega, director da gestão de activos do banco.

A aposta no segmento accionista continua, ainda assim, a ser contida. "A exposição directa a acções continua sub-ponderada pelas valorizações fundamentais que os títulos apresentam num momento em que o mercado transacciona em máximos dos últimos 12 meses. Não julgamos ser compensador o risco assumido numa posição em acções face ao retorno esperado do momento".

A carteira mais conservadora do Banco BIG obteve um ganho de 3,36% entre Julho e Dezembro, acima dos 2,52% registados nos quatro meses até Novembro. Assim, um aforrador que em Julho tivesse aplicado 100 mil euros na carteira sugerida pelo BIG e seguido as suas alterações mensais, teria agora 103.365 euros. E na carteira agressiva, conseguiria obter 106.668 €, uma vez que nos últimos cinco meses a valorização conseguida ascendeu a 6,67%.

O Banco BIG continua a privilegiar nos seus cabazes empresas que apresentam balanços estáveis e com um reduzido nível de endividamento. Mantém ainda a aposta nos sectores da energia e telecomunicações.




Deutsche Bank
Dívida de alta qualidade compensou

Para o Deutsche Bank, a fase final de 2009 foi um período positivo tanto para as acções como para as obrigações. A carteira agressiva do banco foi, das quatro propostas apresentadas pelos supermercados de fundos a que obteve o melhor desempenho nos últimos cinco meses.

Entre Julho e Dezembro, acumulou um ganho de 11,26%, o que significa que quem seguiu nos últimos meses as sugestões da instituição financeira conseguiu um ganho de 11.255 euros, para um investimento inicial de 100 mil euros.

No segmento obrigacionista, "a dívida empresarial 'high yield' [alta rendibilidade] e 'investment grade' (segmento de melhor qualidade) valorizaram, em parte, fruto da continuação do movimento de redução dos "spreads" de crédito", explicam os especialistas. E salientam que, em particular no caso do 'investment grade' os 'spreads' de crédito chegaram mesmo a cair para níveis que não eram observados desde Janeiro de 2008", enquanto e na "high yield atingiram o valor mais baixo desde Junho de 2008".

Na carteira mais conservadora, que em cinco meses teve um retorno de 4,39%, o Deutsche Bank fez uma alteração. "A única alteração que propomos para este mês é a exclusão do fundo db Platinum IV Dynamic ETF Selector 3 - Classe R2C da carteira. Este fundo, que foi introduzido na carteira em Setembro, nunca chegou a comportar-se da forma esperada pela equipa de gestão do Perfil: não aproveitou a tendência de valorização dos principais mercados e não protegeu o portfolio em altura de quedas".

A saída do fundo foi compensada com o reforço da aposta no fundo Schroder ISF Euro Short Term Bond - Classe B, que passou a pesar 36% na carteira. O cabaz mais agressivo não sofreu alterações.





As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.

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