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Energia - Escolha o gás que mais lhe convém

O gás natural reduz preços a partir de Julho. Há uma tendência para a uniformização mas o valor da factura continua a diferir entre regiões. Compare, veja as mudanças e conheça as alternativas.

16 de Maio de 2008 às 15:06
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O gás natural tem ganho terreno face ao tradicional gás de garrafa e ao gás propano canalizado. Comodidade, segurança e preço são trunfos importantes na argumentação comercial que vai a casa do potencial cliente. É verdade que qualquer das opções energéticas tem prós e contras, embora uns tenham mais peso na carteira que outros.

O argumento preço, por exemplo, ganha peso no gás natural a partir de meados do ano. Ainda que já hoje esta se revele a opção energética mais barata, numa comparação com o butano engarrafado e o propano canalizado. A partir do início de Julho, esta energia passa a ter preço regulado e revisto anualmente, ao contrário do que acontece hoje com variações de três em três meses, definidas pelas empresas distribuidoras.

Se, no início do segundo trimestre, os preços aplicados ao segmento doméstico tinham aumentado entre 0,6 e 3,13 por cento, colocando uma família de quatro pessoas a pagar uma mensalidade próxima dos 35 euros, a partir de Julho a descida, caso as despesas da facturação mensal não sejam suportadas pelos consumidores, vai permitir que uma família com as mesmas características passe a pagar mensalmente 32 euros. A diferença não é significativa mas torna-se mais relevante nos distritos que, até hoje, tinham facturas mais elevadas.

O exemplo mais evidente está em Vila Real onde uma família de quatro pessoas que pagava 37 euros mensais passa a pagar 30 euros, graças aos quase 20% de redução propostos pela ERSE, a entidade reguladora dos serviços energéticos, e agora em avaliação pelo conselho tarifário que, até 15 de Maio, se pronuncia sobre a proposta do regulador. 

Propano canalizado também pode ser alternativa

Em zonas cobertas pelos mais de 10 mil quilómetros de rede que já servem o país, a instalação do gás natural tem um custo médio de 140 euros por habitação. O valor é praticado pela Galp Energia, que detém 9 das 11 subsidiárias espalhadas pelo país, e inclui a instalação, conversão dos aparelhos - que com um tipo de gás diferente carecem de adaptação - e a inspecção obrigatória para que o novo tipo de energia possa ser usado.

As regiões servidas pela EDP (Porto) e pela Dourogás (Trás-os-Montes) usam outros modelos ou deixam a cargo do cliente parte do processo. Os valores não podem competir com os de uma instalação para a tradicional bilha de gás, mas são competitivos relativamente aos preços praticados no propano canalizado, embora não sejam mais baratos.

É possível instalar este tipo de gás por preços a partir dos 65 euros, ou mesmo sem custos, a troco de contratos de fidelização prolongados. Mas tudo depende das campanhas de adesão em vigor por cada empresa. A oferta de propano canalizado é assegurada por vários distribuidores e está espalhada por várias regiões do país. A Gascan, por exemplo, soma 65 mil clientes e prepara--se para, este ano, chegar a mais 40 mil potenciais, afirmando-se como forte concorrente da Galp Energia.

Na comparação com o gás natural, o propano canalizado é menos interessante em termos de preço mas é mais eficaz em termos de poder calorífico. A mesma quantidade de gás tem um rendimento 2,6 vezes superior. No preço, fazem a diferença o valor do metro cúbico, mais reduzido no gás natural, e do imposto aplicado que, no gás natural, é de 5%. À parte estas diferenças, ambas as alternativas partilham das vantagens de dar maior comodidade e evitar desperdícios: o consumidor paga o que consome, quando no gás engarrafado nem sempre consegue consumir tudo o que paga: sobretudo em períodos mais frios, a garrafa nunca é consumida até ao fim. 

O tradicional gás de garrafa, que nos cenários analisados não é o menos vantajoso em termos de preço, terá a seu favor outros argumentos. Não obriga o consumidor a qualquer mudança, permite um controlo mais efectivo de custos e dispensa pequenas obras de adaptação da habitação.  Para que possa fazer todas as contas antes da chegada dos novos preços do gás natural, analisámos dois cenários que comparam os três tipos de energia, com padrões de consumo semelhantes, e que traduzem o consumo médio de uma família de duas e quatro pessoas.

Por focarem perfis distintos, os cenários abrangem mais do que um escalão de consumo, intervalos que no gás canalizado enquadram diferentes tipos de clientes e determinam a tarifa fixa e variável que hoje constroem o preço da factura mensal.

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