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As oportunidades e os riscos nos mercados emergentes

Com Trump na Casa Branca os desafios para os emergentes aumentam. Os impactos variam de país para país. Quais os emergentes mais resistentes?

Reuters
30 de Janeiro de 2017 às 10:17
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Taxas de juro altas para ter rendimento
Uma das apostas dos gestores, principalmente no que diz respeito a investimento em obrigações, são emergentes que tenham taxas de juro reais elevadas. "Gostamos de países menos expostos aos desenvolvimentos políticos nos EUA e que tenham taxas de juro reais elevadas, como a Rússia, a Indonésia e o Brasil", referiu Robert Simpson, gestor de portefólios de obrigações de emergentes da Insight, gestora de activos da BNY Mellon.

Tempos conturbados exigem defesas à altura
As políticas proteccionistas de Trump trazem mais incerteza em relação aos emergentes. Nestas alturas, o Deutsche Bank diz que o mercado procura os países com defesas mais sólidas, ou seja, com reservas cambiais mais elevadas. No modelo do banco, países como a Rússia, o Brasil e a Tailândia são mais seguros. Já o México, a Malásia, a Colômbia e a África do Sul aparentam ser os mais frágeis. Entre os mais prejudicados poderão estar também países com mais dívida em dólares, dada a subida das taxas de juro na maior economia do mundo e a subida da nota verde.

China mais decisiva para os emergentes
Com Donald Trump a rasgar alguns acordos comerciais, a atenção volta-se para a actuação da China. Com a saída dos EUA da parceria transpacífica, Pequim tem oportunidade para patrocinar novos acordos comerciais na Ásia. A Fitch considera que o provável fim da parceria transpacífica é negativo para as economias que assinaram esse acordo, como o Vietname, a Malásia e Singapura. No entanto, o Deutsche Bank alerta que a economia chinesa continua a apresentar riscos e que os desequilíbrios ainda estão longe de estar corrigidos.



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Como ganhar exposição aos mercados emergentes

Há muitas opções para investir em emergentes. Mas é essencial seleccionar a mais adequada.

Fundos de investimento
Ter acesso directo a bolsas ou a obrigações de mercados emergentes é uma tarefa complicada. Mas existem centenas de fundos de investimento que apostam em acções e/ou obrigações tanto de emergentes como um todo ou em países específicos. Existem também produtos que apostam num país em específico. Entre os cuidados a ter na escolha de um fundo está a divisa desse produto, para evitar surpresas com a evolução cambial, e também o histórico da equipa de gestão e as comissões do produto.

Fundos negociados em bolsa
Outra opção que tem vindo a ganhar popularidade para investir em mercados emergentes são os ETF, fundos negociados em bolsa. Estes produtos replicam índices e são negociados como se fossem acções. Em 2016 alguns dos produtos mais vendidos foram ETF que replicavam índices de obrigações emergentes, com os investidores à procura de taxas de retorno mais elevadas que nas obrigações de países desenvolvidos.

Mercado cambial
As divisas são um dos activos que mais rapidamente reagem às percepções sobre a economia de um país. Para investidores mais experientes e com horizontes temporais mais curtos, a aposta na subida e na descida de moedas emergentes é outra das alternativas para ganhar exposição às forças e às fraquezas destas economias. 



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