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Agosto sem alterações às carteiras

O ambiente aqueceu e as bolsas arrefeceram. Numa época propícia a férias, os investidores trocaram as gravatas pelas camisas havaianas. Naturalmente, as novidades na indústria de gestão de activos são poucas. Por isso, os especialistas dos quatros supermercados de fundos optaram por não realizar alterações às carteiras recomendadas. Todos aguardam pelo regresso dos investidores à praça.

01 de Setembro de 2010 às 08:00
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Conheça a evolução das oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Portefólio arriscado levado pelas acções

A carteira da estratégia agressiva do ActivoBank foi a que mais se desvalorizou desde a última edição das recomendações dos supermercados de fundos. No conjunto, o portefólio de seis produtos da instituição do grupo Millennium bcp perdeu cerca de um por cento. Ao representar metade da táctica, o fundo UBS SF Equity (EUR) foi o que mais contribuiu para a descida. Desvalorizou-se 1,80 por cento desde a última segunda-feira de Julho. O produto da UBS, que tem como objectivo ter sempre mais de 86 por cento do património investido no mercado accionista, tinha, no final do mês passado, 96 por cento do capital aplicado em acções. Entre as principais apostas dos gestores do banco suíço estavam os títulos do Banco Santander, da petrolífera francesa Total, da espanhola Telefónica e da alemã Siemens. Dois terços dos investimentos bolsistas estavam cotados em euros, apesar dos responsáveis do produto fazerem a cobertura cambial.

Outros dois fundos contribuíram negativamente para a carteira agressiva, embora em menor escala: o Skandia Technology e o SGAM F Index Japan. O segundo caiu mais de 3,5 por cento desde o final do mês de Julho. "São os [fundos] mais alavancados à recuperação económica global, tendo sido penalizados pelas dúvidas quanto à sustentabilidade dessa recuperação", explica Gonçalo Gomes, da direcção de marketing do ActivoBank. A queda do SGAM F Index Japan ultrapassou os 3,5 por cento.





Banco Best
Troca de mercadorias em boa altura

Foi uma alteração no momento certo: no final do mês passado, os especialistas do Banco Best trocaram a exposição aos derivados de mercadorias que tinham através do fundo DB Platinum Commodity Euro por uma posição no Pimco Commodities Plus Strategy. Desde então, o novo fundo escolhido, gerido por Saumil Parikh, valorizou cerca de 4,38 por cento, enquanto o produto da DB Platinum Advisors, do grupo Deutsche Bank, caiu 1,63 por cento. De realçar que o fundo da Pimco está cotado em dólares, ao contrário do DB Platinum Commodity Euro, que está em euros, o que teve um impacto positivo. O câmbio euro-dólar teve um avanço positivo superior a dois por cento desde a última segunda-feira de Julho. Uma diferença entre o Pimco Commodities Plus Strategy e o DB Platinum Commodity Euro, que pode pode interessar aos investidores que pretendem obter uma exposição às mercadorias, é que está previsto que o primeiro distribua dividendos trimestrais.

Nas estratégias da direcção de investimentos do Banco Best, o Pimco Commodities Plus Strategy é mais relevante na carteira agressiva, na qual pesa 15 por cento. No portefólio prudente, o peso é de apenas 5 por cento. O modelo prudente proposto pelo banco continua a confiar maioritariamente noutro fundo da sociedade gestora Pimco: o Pimco Total Return Bond. Este fundo, gerido pela lenda dos investimentos Bill Gross, aplica o dinheiro em obrigações de todo o mundo, embora faça cobertura cambial.





Banco BIG
Cavalgar o dólar americano

A aposta de Rui Broega, director da gestão de activos do Banco Big, em fundos cotados em dólares está a dar frutos. As duas estratégias do banco foram as que mais avançaram desde o final de Julho. Enquanto a carteira agressiva saltou 2,03 por cento desde a última segunda-feira de Julho, o portefólio prudente acumulou um ganho de 2,97 por cento. O modelo mais conservador do Banco Big alcançou inclusivamente o segundo maior desempenho desde que esta rubrica foi lançada, em Julho de 2009: uma rendibilidade anualizada de 13,10 por cento.

No último mês destacaram-se dois fundos no portefólio prudente do Banco Big: o Pictet Emerging Local Currency Debt e o Amundi Global Aggregate. Simon Lue-Fong, o gestor responsável pelo produto da Pictet, investe em obrigações de emitentes de mercados emergentes cotadas nas divisas locais. Segundo a última carteira publicada pela sociedade gestora suíça, o Pictet Emerging Local Currency Debt está mais exposto à volatilidade da rupia indiana, ao yuan chinês e o baht tailandês. Jean-Baptiste Roux, que lidera a gestão do Amundi Global Aggregate, beneficiou das tácticas de arbitragem que tem levado a cabo, como preferir obrigações da Zona Euro (em especial Grécia, Espanha, Itália e Irlanda) aos títulos japoneses. "O mercado de dívida atravessa um período de maior acalmia face ao mercado accionista", revela Rui Broega, do Banco Big.





Deutsche Bank
Acções americanas lideram ganhos

A carteira agressiva do Deutsche Bank continua com um bom avanço em relação às restantes estratégias divulgadas pelos quatro supermercados de fundos. Desde o início desta rubrica, o portefólio mais arriscado recomendado pelo banco alemão avançou a um ritmo anual de 13,90 por cento. O coração da táctica continua a ser o fundo de acções americanas DWS Invest US Value Equities, ao absorver 41 por cento dos recursos disponíveis. No último mês, o produto da DWS voltou a valorizar, cerca de 0,13 por cento, apesar de ter ficado aquém da forte escalada das acções norte-americanas, que foram animadas pelas sucessivas apresentações de resultados. "Contudo, os gestores do portefólio mantiveram a posição defensiva à luz da persistência de forças macroeconómicas negativas (...). Devido à posição defensiva actual, o fundo não acompanhou totalmente a subida do mercado", explicou Peter Steffen, o responsável pela gestão do DWS Invest US Value Equities. No início de Agosto, a sociedade gestora preferia os sectores da energia e da saúde. Todavia, entre as principais acções em carteira contavam-se a Microsoft, a operadora de telecomunicações AT&T e a tabaqueira Altria.

Apesar da importância do DWS Invest US Value Equities, o fundo que mais contribuiu para a valorização da carteira agressiva foi o BlackRock Emerging Markets. Brasil, China, Coreia do Sul e Índia são os principais destinos do dinheiro do fundo.







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