A Zona Euro tem vindo a assistir a um abrandamento consistente dos PMI e é esperado que a tendência se mantenha em julho, tanto na atividade fabril como nos serviços. Estes dados serão conhecidos na segunda-feira, tal como o mesmo indicador relativo aos EUA. Também neste caso é esperado um novo abrandamento, sendo que o foco estará na resiliência dos serviços, que têm sustentado a economia norte-americana.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai dar a conhecer as novas projeções do World Economic Outlook (WEO) para o crescimento económico global. A última vez que o fez, em abril, o FMI apontou a turbulência na banca para justificar uma revisão em baixa: espera uma expansão de 2,8% este ano e 3% no próximo.

Depois dos bancos é a vez de as gigantes tecnológicas apresentarem contas relativas ao segundo trimestre do ano. O arranque é feito na terça-feira com a Microsoft e Alphabet, seguindo-se a Meta no dia seguinte e a Amazon na quinta-feira. Na Europa, será o setor do luxo a centrar atenções com os relatórios da LVMH e Dior. Em ambos os casos tratam-se dos setores com melhores desempenhos em bolsa este ano.

Tal como lá fora, a época de resultados na bolsa de Lisboa tem o seu pico esta semana. Na quarta-feira é a vez da EDP Renováveis mostrar os resultados financeiros depois de já ter anunciado que a produção subiu apenas 1% no semestre devido ao "El Niño". No mesmo dia há também contas da Jerónimo Martins.

A subida dos juros de referência nos Estados Unidos é vista como certa depois de a Reserva Federal (Fed) ter decidido fazer uma pausa no último encontro. Os decisores liderados por Jerome Powell vão encontrar-se esta terça e quarta-feira, sendo esperado que as taxas passem para um intervalo entre 5,25% e 5,5%.

Altri, BCP, CTT, EDP e Sonae apresentam esta quinta-feira resultados relativos ao segundo trimestre do ano. É uma enchente de relatórios de cotadas do índice PSI para os investidores avaliarem, sendo que o foco principal estará na capacidade das empresas em protegerem as margens de lucro numa altura em que a inflação continua elevada, mas começa a dar sinais de alívio.

Foi logo em junho que a presidente do Banco Central Europeu (BCE) avançou o que iria fazer em julho: uma nova subida das taxas de juro de referência na Zona Euro. Christine Lagarde deverá concretizá-lo esta quinta-feira pelo que as surpresas poderão vir de novas pistas sobre o futuro da política monetária na região.

E a fechar a semana há ainda mais resultados trimestrais. Na bolsa de Lisboa apenas a Semapa tem agendada a divulgação, mas os bancos BPI, Santander Portugal e Novo Banco também têm prevista a divulgação de contas. No caso dos últimos as atenções estarão viradas para a margem financeira face à subida de juros.