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10 soluções para aquecer a casa, dez preços diferentes
Utilizando uma caldeira de elevado rendimento, a água é aquecida e circula em circuito fechado nos radiadores que compõem o sistema. Pode programar o seu período de funcionamento. O gás natural permite reduzir os custos da potência contratada...
16 de Dezembro de 2009 às 09:38
1. Aquecimento a gás natural
T1 80m2 €2.300
T3 150m2 €3.700
Moradia T4 200m2 €5.100
Fonte: Gasfomento.
Utilizando uma caldeira de elevado rendimento, a água é aquecida e circula em circuito fechado nos radiadores que compõem o sistema. Pode programar o seu período de funcionamento. O gás natural permite reduzir os custos da potência contratada, através da transferência de consumos. O Negócios contactou a Gasfomento, empresa que resulta do processo de reestruturação da antiga Gás de Portugal, para tentar saber quanto custaria a compra e instalação destas soluções. Para um T1, seriam precisos cerca de 2.300 euros. Num T3, seriam necessários mais 1.400 euros, e o orçamento para a moradia de 200 m2 ronda os 5.100 euros.
2. Aquecimento a gasóleo
T1 80m2 não aplicável
T3 150m2 não aplicável
Moradia T4 200m2 €6.120
Fonte: Gasfomento
Segundo a informação contida no sítio oficial da Galp Energia, o custo de utilização do gasóleo de aquecimento está mais ou menos em linha com o do Gás Natural, mas mais económica do que a electricidade. Pode consumi-lo em qualquer aparelho de queima, desde que devidamente adaptado. A maioria dos equipamentos recentes são adaptáveis a todos os combustíveis. De acordo com a informação prestada pela Gasfomento, este tipo de aquecimento só é aplicável no caso da moradia e custa, em média, mais 20% do que o preço estabelecido para o Gás Natural, ou seja, cerca de 6.120 euros (equipamento e instalação).
3. Emissores térmicos
T1 80m2 €1.585
T3 150m2 €2.467
Moradia T4 200m2 €3.090
Fonte: Origufigure.
Fazem parte do aquecimento central eléctrico, mas são emissores independentes e aquecem só os espaços que se pretende, evitando um gasto desnecessário. Não precisam de manutenção nem de obras, pois são de instalação simples e rápida. Não libertam odores, queimam ao toque, nem utilizam combustível. O Negócios pediu à Nortécnica que fizesse um orçamento para a aquisição e instalação destes equipamentos, mas até à hora de fecho desta edição não foi possível obter esta informação.
4. Acumuladores de calor
T1 80m2 €1.662
T3 150m2 €2.550
Moradia T4 200m2 €3.090
Fonte: Origufigure.
Os acumuladores são sistemas de aquecimento eléctrico por efeito de Joule (converte energia eléctrica em energia térmica), com blocos de cerâmica, nos quais existem resistências eléctricas. São concebidos para manterem um espaço a uma determinada temperatura constante, durante 24 horas, estando em carga apenas durante as horas de vazio (noite). A sua instalação torna-se vantajosa ao optar pela tarifa bi - horária, já que permite tirar partido do custo mais baixo da electricidade durante a noite. Os custos variam entre os 1.600 euros e os 3.00 euros, em função da tipologia da habitação.
5. Ar condicionado
T1 80m2 €3267
T3 150m2 €5203
Moradia T4 200m2 €7623
Fonte: Alfaclima.
Os equipamentos de ar condicionado absorvem a energia de um local e libertam-na noutro. Os sistemas nulti-split são compostos por diversas unidades interiores ligadas a uma só exterior. O sistema "inverter" tem um compressor com velocidade variável: varia a potência de acordo com as necessidades de climatização.
O seu consumo é mais económico, porque ao atingir a temperatura desejada, o compressor trabalha a uma velocidade mais baixa e reduz o consumo em mais de 25%.
O Negócios pediu à Alfaclima que indicasse o custo de equipamentos multi-split inverter, aparelhos murais e respectiva instalação. No T1, para a sala e um quarto, ficaria em 2.700 euros. No T3, para a sala e 3 quartos, ficaria a 4.300 euros. Na moradia, para a sala e 5 quartos, ficaria a 6.300 euros. A estes valores, acresce o IVA.
6. Recuperadores de aquecimento central a água
T1 80m2 não aconselhável
T3 150m2 €7.000
Moradia T4 200m2 €7.000
Fonte: Solzaima
Permitem o aquecimento central da habitação e complementam outros sistemas de aquecimento de águas da casa, como os painéis solares e as caldeiras a gasóleo. A poupança energética destes equipamentos permite pagá-los em cerca de 18 meses. Segundo as contas da Solzaima, poderão custar entre mil e 2 mil euros, dependendo da potência e do design do aparelho. As instalações em moradias dependem do tipo de interligações que o cliente quer.
Uma instalação simples, com ligação aos radiadores, ronda os 6 mil euros. Uma mais complexa, com ligação aos painéis solares e à caldeira de gás natural, acresce mais 3 mil euros.
7. Recuperadores a ar
T1 80m2 não aconselhável
T3 150m2 entre €850 e €2.200
Moradia T4 200m2 não acons.
Fonte: Solzaima
Substituem a lareira, aumentam o seu rendimento e reduzem o consumo de lenha face à lareira convencional. A tradicional consome cerca de 12 kg de lenha por hora para aquecer uma sala com 35 m2, enquanto que este necessita apenas de 1,6 kg. De acordo com a Solzaima, se a casa e o orçamento forem modestos, um equipamento destes poderá custar cerca de 850 euros e a sua instalação 250 euros.
8. Salamandras
T1 80m2 entre €650 e €1.950
T3 150m2 não aconselhável
Moradia T4 200m2 não acons.
Fonte: Solzaima
Minimizam as necessidades de instalação, porque não são encastrados na parede. O seu preço pode variar entre os 400 e os 1.700 euros, dependendo do design escolhido. Acresce o preço dos tubos de saída de fumos, que poderão custar cerca de 250 euros.
9. Radiadores a óleo
€22,90
Preço por unidade
Fonte: Worten Online e Jumbo Online a 25 de Novembro.
Funcionam através de resistências eléctricas, que aquecem o óleo e conduzem o calor. São silenciosos, mas lentos. Só quando o óleo atinge determinada temperatura é que se nota o aquecimento. Podem ser adquiridos em várias superfícies comerciais. Na Worten, por exemplo, encontra-os entre 22,90 e 49,90 euros. No Jumbo, a partir de 29,90 euros também compra um equipamento deste tipo.
10. Termoventiladores
€9,90
Preço por unidade
Fonte: Worten Online e Jumbo Online a 25 de Novembro.
O ar frio é aspirado e aquecido pela resistência eléctrica, reenviando o ar já aquecido para o exterior. Regra geral, são pequenos, práticos e leves, mas um pouco ruidosos. Só podem ser utilizados em períodos curtos e deve limpar o seu interior de vez em quando. Também estão à venda em várias superfícies comerciais. Na Worten, pode comprá-los a partir de 9,90 euros e, no Jumbo, adquire-os entre 11,90 e 54,90 euros.
A sua casa é A, B, ou C? Saiba tudo o que precisa sobre a certificação energética do seu lar A entrada em vigor do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) exige que as casas novas e todas aquelas que se encontrem para venda indiquem a classe energética. A auditoria energética, por sua vez, só se aplica aos grandes edifícios de serviços, com áreas superiores a 500 ou 1.000 m2, e trata-se de um procedimento de avaliação energética exaustivo. "Nas habitações, o procedimento é simplificado e trata-se de um levantamento dimensional do espaço, com a respectiva análise energética, que determine os níveis de consumo", explica Jesus Ferreira, da Jesus Ferreira Consultores - Energy Consulting. É a partir deste procedimento que se determina a classe energética do edifício. Mas em que é que consiste a certificação energética? "Consiste em identificar, qualificar e calcular o desempenho térmico de um edifício, dentro de uma escala de eficiência energética (A+ a G)", explica Selwin Wever, director de certificação RCCTE da Home Energy. Serve para melhorar a qualidade das edificações, tornando-as mais confortáveis, eficientes e amigas do ambiente. Assim, uma casa que é classificada de G pode ser requalificada e tornar-se numa classe A. "Uma casa G, com reforço de isolamento das coberturas, instalação de aquecimento central com caldeira eficiente, e de água quente solar ou painéis fotovoltaicos, pode passar de G para C", acrescenta. O processo de certificação é composto por 4 fases: visita ao local para identificação e levantamento dimensional da casa, tratamento da informação, simulação energética em ferramenta informática e produção do certificado. "O custo médio deste serviço é da ordem dos 250 euros, para uma habitação T1 a T3, e de 300 euros, para uma moradia com cerca de 200 metros. Estes valores deverão ser acrescidos da taxa a pagar à ADENE (45 euros) e do valor do IVA", explica Jesus Ferreira. No sítio da Home Energy também é possível consultar os preços praticados. Já com a taxa ADENE e IVA, os preços variam entre 204 e 454 euros, consoante a área da residência. Um apartamento T2 a T3 pode custar 274 euros e uma moradia de 200m custar 304 euros. "O desperdício de energia nos lares portugueses é devido, essencialmente, às más soluções construtivas, (...) que obrigam a excessos de consumo para aquecimento ou arrefecimento", comenta Ferreira. O fundador da empresa de certificação energética exemplifica que os portugueses passam muito mais frio nas suas casas do que os suecos, com consumos energéticos que são, eventualmente, equivalentes. Para Ferreira, a produção e armazenamento das águas quentes sanitárias também é uma fonte de desperdício, já que os sistemas tradicionais, regra geral, não têm uma eficiência energética adequada. |