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Portugueses apostam menos em fundos.

Portugal apresenta a menor aplicação «per capita» de fundos de investimento mobiliário entre os países da União Europeia. De acordo com os dados da Associação Portuguesa das Sociedades Gestoras...

11 de Outubro de 2000 às 13:33
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Portugal apresenta a menor aplicação «per capita» de fundos de investimento mobiliário entre os países da União Europeia. De acordo com os dados da Associação Portuguesa das Sociedades Gestoras de Patrimónios e de Fundos de Investimento (Apfin) referentes a 30 de Junho, um português investe em média dois mil euros (400 contos) neste tipo de activo, contra o valor médio de nove mil euros (1.800 contos) registado na União. Além disso, nos primeiros seis meses do ano, as aplicações nacionais em fundos de investimento mobiliário caíram 6,7%, contrariando a tendência na Europa, que registou uma subida média de 12%.

Num horizonte de cinco anos, o crescimento do mercado de fundos de investimento mobiliário em Portugal também não acompanhou a evolução do mercado da União. Enquanto, o valor desse mercado em Portugal cresceu 112% nesse período, as aplicações em fundos nos Estados-membros subiram 190%.

Tesouraria preferida em Portugal

Os investidores nacionais preferem os fundos de investimento mobiliário com um prazo recomendado de investimento curto. Os fundos de tesouraria são os mais procurados, pesando mais de 30% do mercado nacional, seguido pelos fundos de obrigações que correspondem a 26% desse mesmo mercado. Aliás, o fundo com a maior carteira de aplicações em Portugal é o BCP Curto Prazo que se insere na categoria de fundos de investimento de tesouraria euro com um volume total de 1,3 mil milhões de euros (263 milhões de contos), absorvendo 5,8% do mercado de fundos em Portugal. O segundo fundo mais subscrito é o Caixagest Rendimento, da categoria de fundos de obrigações de taxa indexada euro.

Na União Europeia, ao contrário de Portugal, os investidores preferem os fundos de acções, aplicando 46% do mercado de fundos nessa classe. Os fundos de obrigações surgem em segundo lugar no «ranking» de preferências europeias com 23% do mercado total de fundos.

Benefícios fiscais atraem fundos

O Luxemburgo continua a ser o Estado-membro da União Europeia que atrai mais investidores para o seu mercado de fundos de investimento. O valor «per capita» no grão-ducado é 900 vezes superior ao registado em Portugal, de acordo com os dados da Féderátion Européene des Fonds et Sociétés de Investissement (FEFSI), divulgados pela Apfin. O investimento por habitante nestes activos é de 1.809 euros (363 mil contos). Deste modo, o Luxemburgo absorve 23% dos 3.368  mil milhões de euros (675 mil milhões de contos) do mercado de fundos de investimento mobiliário da União Europeia. A representação de Portugal resume-se a 0,6% desse total com 19,3 mil milhões de euros (3,9 mil milhões de contos) no final do primeiro semestre deste ano.

O elevado nível de entrada de capitais no grão-ducado luxemburguês justifica-se pelos atractivos benefícios fiscais implementados no país.

David Almas

dv@mediafin.pt

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