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Dívida penaliza o maior fundo soberano do mundo
O fundo de pensões da Noruega registou um desempenho negativo no segundo trimestre. A aposta em dívida e as acções norte-americanas pesaram nos resultados. Já a carteira de imobiliário valorizou.
O fundo de pensões da Noruega registou um retorno negativo de 0,9%, durante o segundo trimestre deste ano. Uma evolução que se deve ao desempenho dos investimentos em títulos de dívida, sendo que também a aposta em acções foi negativa. Já o imobiliário travou perdas mais acentuadas, naquele que é o maior fundo soberano do mundo.
"O Fundo de Pensões Soberano Global teve um retorno de -0,9%, ou -73 mil milhões de coroas suecas [cerca de 8,3 mil milhões de euros], no segundo trimestre de 2015", revelou esta quarta-feira, 19 de Agosto, o Norges Bank Investment Management (NBIM). Este desempenho foi penalizado pela carteira de dívida (perdeu 2,2%) e pelas acções (caíram 0,2%). Já o imobiliário rendeu ao fundo 2,0%.
"O retorno nos investimentos em dívida foi afectado por um aumento das taxas de juro nos principais mercados do fundo", revelou Yngve Slyngstad, presidente-executivo da unidade de investimento do banco central norueguês. No que toca à aposta em bolsas, o responsável especificou que "as acções norte-americanas prejudicaram os resultados".
Os resultados especificam ainda que a valorização da coroa diminuiu o valor do fundo soberano em 53 mil milhões de coroas. Feitas as contas, juntamente com a transferência de 12 mil milhões do Estado da Noruega, o valor de mercado ascendia, no final de Junho, a 6,897 biliões de coroas, aproximadamente 788 mil milhões de euros. Um montante que estava 62,8% investido em acções, 34,5% em dívida e 2,7% em imobiliário.