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BlackRock vai duplicar investimento em imobiliário europeu para ganhar com euro fraco

Os investidores estrangeiros, sobretudo da América do Norte, estão a aumentar a aposta em imobiliário na Europa Continental para ganhar com a queda dos preços devido à desvalorização do euro.

Bloomberg
09 de Dezembro de 2015 às 09:44
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A BlackRock vai mais do que duplicar o seu investimento em imobiliário na Europa continental nos próximos três anos para tirar partido do euro fraco na região. A gestora prevê investir um total de 2,5 mil milhões de euros.

Num momento em que a divergência entre a política monetária norte-americana e europeia se prepara para atingir um ponto crítico, com a aproximação da primeira subida de juros nos Estados Unidos desde a crise financeira, a expectativa é que euro permaneça sob pressão face ao dólar. Um movimento que dá maior margem aos estrangeiros que querem apostar na região, uma vez que precisam de investir menos dólares para comprar activos europeus.

"Os investidores, particularmente dos Estados Unidos e do Canadá, querem diversificar para imobiliário europeu", explicou Thomas Mueller, gestor da BlackRock responsável por gerir um aumento do investimento em escritórios na França e na Alemanha, justificando esta aposta com a desvalorização do euro.

Esta aposta por parte de investidores estrangeiros em activos imobiliários na Europa não é uma novidade. Volumes recorde de propriedades europeias têm sido comprados por investidores da América do Norte, Ásia e Médio Oriente para aumentarem retornos num ambiente de taxas de juro historicamente baixas e ganhar com o euro fraco, que está a baixar os preços destes activos.

Apenas nos nove primeiros meses do ano, os compradores de fora do euro investiram 32,5 mil milhões de euros em imobiliário comercial na Europa Continental, o que representa um disparo de 53% face ao período homólogo de 2014, segundo dados da Real Capital Analytics, citados pela Bloomberg. Apenas no ano passado a divisa europeia caiu 12% face ao dólar, enquanto este ano acumula já uma desvalorização de quase 10%.

Ao contrário do investimento no sector imobiliário, nos movimentos de fusões e aquisições as empresas europeias não têm conseguido suscitar o interesse de outras companhias. Num ano recorde em movimentos de consolidação a nível mundial, a Europa soma apenas 22% dos negócios globais (1,02 biliões de dólares), a proporção mais baixa dos últimos 17 anos.

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