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BlackRock investe em dívida de curto prazo de Itália e Espanha

O fundo de investimento norte-americano comprou dívida de curto prazo de Espanha e Itália na expectativa de que as medidas do BCE, tendo em vista a redução dos custos de financiamento na Zona Euro, irão impedir que as taxas de juro subam.

Bloomberg
03 de Outubro de 2014 às 13:55
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O fundo de investimento da maior gestora de activos do mundo, a norte-americana BlackRock, investiu em dívida de curto prazo de Espanha e Itália, segundo avança a Bloomberg. Este investimento terá sido feito na expectativa de que as medidas adoptadas pelo Banco Central Europeu (BCE) de facilitação de concessão de crédito mais barato aos bancos e famílias da Zona Euro, impedirá que as taxas de juro das economias do euro subam.

 

"Continuamos envolvidos nos mercados periféricos", reconheceu Scott Thiel, vice-chefe do departamento de investimento da BlackRock em declarações prestadas à agência Bloomberg. No entender de Thiel, a dívida de curto prazo dos Estados periféricos da Zona Euro "parece muito atractiva porque as taxas continuarão nos actuais níveis por alguns anos", afirmou.

 

A BlackRock considera que os riscos elevados acarretados pelo investimento em obrigações de dívida dos países periféricos do bloco do euro desapareceram. "Os enormes riscos que vinhamos enfrentando [nos países] da periferia desapareceu", concluiu Scott Thiel.

 

Este executivo da BlackRock explicou ainda que o facto de ser pouco provável que, nos tempos mais próximos, o BCE venha a adoptar uma política de compra de activos – quantitative easing – por forma a estimular a economia, a aposta em dívida com maturidades mais alargadas comporta um nível maior de risco.

 

Nesse sentido, Thiel explicou que a aposta da BlackRock tem passado pela redução da carteira de obrigações de dívida de longo prazo em virtude de uma aposta mais sustentada na dívida de menor maturidade. Como exemplo, lembrou que a BlackRock deixou de ter uma posição "excessiva" no que diz respeito a obrigações portuguesas, depois de os investidores já terem descontado que o BCE teria de comprar dívida soberana para reanimar a economia da região.  

 

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