Os montantes sob gestão dos fundos de investimento imobiliário recuaram no acumulado de 2015. Estes produtos que investem em imóveis geriam no final de Dezembro 11.210 milhões de euros, menos 8% que no final de 2014, segundo os números divulgados esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) situou-se em 11.210,0 milhões de euros em Dezembro, menos 166,9 milhões de euros (1,5%) do que em Novembro, diz o relatório da CMVM. No final de 2014, estes fundos mantinham activos no valor de 12.215,8 milhões de euros.

"Os países da União Europeia continuam a ser o principal destino dos investimentos em activos imobiliários, representando 100% do total aplicado", refere o mesmo documento publicado esta quarta-feira, 27 de Janeiro.

Entre os diversos tipos de fundos que investem em imobiliário, os fundos fechados continuam a representar a maior fatia do investimento, com mais de 62% do património.

Avaliação das casas em alta

Esta quebra do valor sob gestão em fundos imobiliários ocorre, porém, num ano marcado pela recuperação da avaliação bancária das avaliações. O preço a que os bancos avaliam os imóveis está a aumentar há quatro meses consecutivos, com este índice a negociar em máximos de Maio de 2012.

Apesar da subida do valor das casas, estes fundos de investimento dependem mais da variação das rendas de escritórios e da gestão de grandes espaços comerciais. A compra e venda de imóveis representa apenas uma pequena margem do seu negócio.

Em termos globais, o sector imobiliário tem estado a recuperar, com alguns nichos a negociarem com valores que alguns especialistas consideram já demasiado elevados, como é o caso da capital britânica.

A Interfundos, a Fundger e a Norfin são as entidades com as maiores quotas de mercado no segmento imobiliário, com um peso de 12,8%, 11,6% e 9,1%, respectivamente.