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Uso da Bitcoin na dark web deverá atingir recorde de mais de mil milhões em 2019

O uso da Bitcoin em mercados ilegais que negoceiam desde drogas a pornografia infantil pode atingir um novo recorde este ano, com gastos superiores a mil milhões de dólares, segundo um relatório da Chainalysis.

Reuters
04 de Julho de 2019 às 14:44
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Embora a proporção de transações com Bitcoin para compras ilegais esteja a diminuir, já foram gastos cerca de 515 milhões de dólares da moeda digital no primeiro semestre deste ano na chamada dark web, segundo a Chainalysis, que ajuda empresas como bolsas de criptomoedas a investigar e prevenir operações ilegais.

Os gastos com Bitcoin na dark web atingiram um pico em 2017, de 872 milhões de dólares, e diminuíram no ano passado, quando a moeda registou uma forte desvalorização.

Os resultados destacam os riscos regulatórios relacionados com as moedas digitais, que são muito procuradas por criminosos que procuram manter algum grau de anonimato.

 

No mês passado, a Financial Action Task Force - uma organização intergovernamental focada no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo - começou a exigir medidas rigorosas de identificação dos clientes aos mercados de criptomoedas. Também em junho, a Europol manteve contactos com empresas de criptomoedas para trocar dicas sobre as melhores práticas na deteção de crimes praticados com moedas digitais.


De todos os marketplaces ilegais online, o Hydra é o maior, segundo a Chainalysis, que examinou as transações na blockchain da Bitcoin para identificar o valor gasto nesses sites.

As drogas são o produto mais vendido, mas a pornografia infantil e as informações de cartões de crédito roubadas também têm muita procura, segundo a Chainalysis. Nesses mercados, a Bitcoin é a criptomoeda mais popular, seguida pelo Monero.

Embora o crescimento dos gastos ilícitos com Bitcoins possa ser alarmante, a proporção de transações com Bitcoin relacionadas com negócios ilícitos tem vindo a diminuir. A atividade ilegal foi responsável por menos de 1% de todas as atividades com a Bitcoin até agora, este ano, o que compara com 7% em 2012, segundo Hannah Curtis, responsável da Chainalysis.

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