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Turbulência em França? "Estamos atentos ao bom funcionamento dos mercados financeiros", diz Lagarde
A presidente do BCE, Christine Largarde, disse que o banco central está atento à turbulência dos mercados franceses. O economista-chefe da instituição, Philip Lane, recorda que têm um instrumento de proteção contra o "pânico" nos mercados.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse esta segunda-feira que a instituição está "atenta" à turbulência dos mercados em França. Já o economista-chefe do BCE, Philip Lane, desvalorizou a instabilidade, dizendo que têm uma ferramenta que podem acionar se constatarem que as ações dos investidores estão a ser tomadas em "pânico".
Depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter convocado eleições legislativas para 30 de junho (após o avanço da extrema-direita nas europeias), o mercado acionista francês perdeu 258 mil milhões de euros em capitalização. A "yield" da dívida gaulesa a 10 anos também se alargou em relação à rendibilidade das Bunds alemãs, para máximos desde 2017.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fez questão de dizer que está atenta ao que se passa em França. "A estabilidade dos preços anda em paralelo com a estabilidade financeira", disse, durante uma visita a um centro de investigação de computação quântica em Paris, citada pela Bloomberg. "Estamos atentos ao bom funcionamento dos mercados financeiros e penso que hoje, de qualquer forma, continuamos a estar atentos, mas está limitado a isso", apontou.
Apesar da turbulência nos mercados financeiros franceses na semana passada, estes acalmaram no início desta semana, depois de a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, ter garantido que, caso vença as próximas eleições, vai trabalhar com Emmanuel Macron.
Já o economista-chefe do BCE Philipe Lane mostrou-se despreocupado com a agitação dos mercados da semana passada, dizendo que "o que estamos a ver nos mercados é, obviamente, uma reavaliação". "Não é o mundo da dinâmica desordenada do mercado", concluiu.
Lane explicou que o BCE dispõe de uma ferramenta para emergências chamada Instrumento de Proteção da Transmissão, (TPI, na sigla em inglês), dizendo que pode ser acionada a qualquer altura para se protegerem de movimentos de mercado irracionais.
"É muito importante que o BCE deixe claro que não toleraremos dinâmicas de mercado injustificadas e desordenadas que constituam uma séria ameaça à transmissão da política monetária", afirmou. "Não podemos ter um caso em que, essencialmente, o pânico do mercado, a falta de liquidez do mercado e o sentimento do mercado perturbem a nossa política monetária", concluiu.
Depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter convocado eleições legislativas para 30 de junho (após o avanço da extrema-direita nas europeias), o mercado acionista francês perdeu 258 mil milhões de euros em capitalização. A "yield" da dívida gaulesa a 10 anos também se alargou em relação à rendibilidade das Bunds alemãs, para máximos desde 2017.
Apesar da turbulência nos mercados financeiros franceses na semana passada, estes acalmaram no início desta semana, depois de a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, ter garantido que, caso vença as próximas eleições, vai trabalhar com Emmanuel Macron.
Já o economista-chefe do BCE Philipe Lane mostrou-se despreocupado com a agitação dos mercados da semana passada, dizendo que "o que estamos a ver nos mercados é, obviamente, uma reavaliação". "Não é o mundo da dinâmica desordenada do mercado", concluiu.
Lane explicou que o BCE dispõe de uma ferramenta para emergências chamada Instrumento de Proteção da Transmissão, (TPI, na sigla em inglês), dizendo que pode ser acionada a qualquer altura para se protegerem de movimentos de mercado irracionais.
"É muito importante que o BCE deixe claro que não toleraremos dinâmicas de mercado injustificadas e desordenadas que constituam uma séria ameaça à transmissão da política monetária", afirmou. "Não podemos ter um caso em que, essencialmente, o pânico do mercado, a falta de liquidez do mercado e o sentimento do mercado perturbem a nossa política monetária", concluiu.