Notícia
Tesla provocou perdas de 40 mil milhões de dólares com "short-selling" em 2020
Os investidores que apostaram na queda das ações da fabricante de veículos elétricos registaram grandes perdas nos seus portefólios no ano passado, com a Tesla a ser a empresa que mais perdas provocou com este tipo de atuação nos mercados.
A cotada liderada por Elon Musk foi, com uma margem considerável, a empresa que mais dores de cabeça deu a quem decidiu apostar na sua queda. Na lista seguem-se cotadas de grande peso como a Apple, que originou uma perda de 6,7 mil milhões de dólares aos "short-sellers".
No início deste ano, o "short-selling" voltou a estar em cima da mesa com frequência depois de o filme que opõs vários investidores amadores a fundos de investimento nas empresas como a GameStop ou a AMC, depois de grandes "hedge funds" norte-americanos como o Melvin Capital ou o Citron Research terem gastado milhões a apostarem na queda das ações destas empresas.
O "short-selling" pode explicar-se da seguinte forma: os investidores pedem ações emprestadas das empresas que acham que vão desvalorizar aos bancos, pagando um juro sobre esta operação, e vendem os títulos no imediato, mesmo sem os deterem.
Depois, como a expectativa de uma queda é tão grande, esperam que os preços da cotação caiam para comprarem o mesmo volume de ações a um preço muito inferior, e voltam a entregá-las ao banco. No final, o lucro está na diferença entre o preço mais alto a que venderam a ação emprestada do banco e o preço idealmente mais baixo da venda posterior, aquando do retorno dessas ações ao banco.
Só que para que esta operação seja bem-sucedida é preciso que, efetivamente, os preços caiam. No caso da Tesla, os preços não só não caíram, como subiram em flecha no ano passado.