Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Taxa "Robin dos Bosques" compromete investimento e "hipoteca o futuro"

O presidente da BP Portugal, António Comprido, considerou ontem que a aplicação da denominada taxa "Robin dos Bosques" sobre as petrolíferas apenas serve para "hipotecar o futuro", já que os montantes que serão retirados por esta nova taxa sairão dos fundos previsto pelas empresas para investimento.

05 de Setembro de 2008 às 00:01
  • 5
  • ...
O presidente da BP Portugal, António Comprido, considerou ontem que a aplicação da denominada taxa "Robin dos Bosques" sobre as petrolíferas apenas serve para "hipotecar o futuro", já que os montantes que serão retirados por esta nova taxa sairão dos fundos previsto pelas empresas para investimento.

"O capital que geramos tem três destinos: os accionistas, os impostos e o investimento e naturalmente que se há mais impostos, o investimento será sacrificado" explicou.

"O consumo vai continuar a subir, logo é preciso investir cada vez mais na área energética, logo tudo o que impede investimentos hipoteca o futuro" sublinhou, durante a conferência de imprensa de apresentação do "BP Statistical Review of World Energy".

Ainda segundo o mesmo responsável, a "Robin dos Bosques" não é mais do que uma "medida 'ad hoc'" que não serve os interesses de ninguém, já que demonstra "instabilidade" e, "se um Governo lança impostos assim, levará as empresas a pensarem duas vezes antes de investirem no país", já que recearão a curto-prazo também serem alvo de medidas "ad hoc".

"Além disso e quando a indústria registar menos-valias, farão alguma coisa?" questionou António Comprido.

A taxa "Robin dos Bosques", recorde-se, nasceu em Itália e visa tributar a parcela dos lucros que as petrolíferas registam graças ao aumento dos preços do petróleo.

O líder da BP Portugal aproveitou ainda para recordar que "as petrolíferas são obrigadas por lei a terem em 'stock' reservas para 110 dias de combustível", o que lhes acarreta um custo financeiro a rondar os 170 milhões de euros - já que é "mercadoria" parada - além "dos custos do armazenamento". Obrigação legal pela qual, garante, ninguém as compensa.


Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio