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Sete razões para a bolsa de Lisboa valorizar
Pedro Pintassilgo, da F&C Portugal, aponta, em declarações ao Jornal de Negócios, os factores chave para a boa “performance” da bolsa portuguesa. O gestor do maior fundo de acções português destaca sete razões para que esta tendência continue.
Pedro Pintassilgo, da F&C Portugal, aponta, em declarações ao Jornal de Negócios, os factores chave para a boa "performance" da bolsa portuguesa. O gestor do maior fundo de acções português destaca sete razões para que esta tendência continue.
O que tem sustentado a subida da bolsa de Lisboa nos últimos meses?
A performance da bolsa portuguesa tem várias explicações: a) o forte apetite por risco por parte dos investidores ; b) a recuperação do crescimento económico em Portugal ; c) o forte dinamismo da economia europeia, principal mercado de exportação das empresas portuguesas; d) o crescimento dos lucros por parte das empresas portuguesas cotadas; e) o elevado apetite por risco por parte dos investidores (nacionais e internacionais) ; d) a elevada liquidez no sistema financeiro internacional ; e) a actividade de M&A a nível internacional.
Não é "perigoso" algumas das subidas no mercado serem sustentadas por rumores de concentração?
Esses casos são a excepção. Eu diria que a regra tem sido a de as valorizações das cotadas estarem associadas a melhores fundamentais das empresas e a revisões em alta das estimativas de resultados para os próximos anos.
A bolsa de Lisboa pode continuar a subir?
Penso que sim. As principais razões são o enquadramento macroeconómico interno mais favorável, a continuação de um forte dinamismo da economia europeia, com destaque para a alemã, a crescente e bem sucedida internacionalização das empresas portuguesas e o valor fundamental de vários títulos.
Quais as empresas com maior potencial de subida?
Altri, Semapa e Inapa, no sector da pasta e papel e a Mota-Engil e a Soares da Costa no sector da construção. Há ainda a Impresa no sector dos "media" e a Cimpor, nas cimenteiras.
Identifica o risco de correcção em algumas empresas ou sectores?
Não vejo neste enquadramento sectores/empresas um especial risco de queda.
Quais os sectores mais vulneráveis a OPA?
Sector bancário, construção, telecomunicações e imprensa.