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Abertura dos mercados: Sector das telecomunicações continua a prender atenção

A guerra aberta entre a Telefónica e a Telecom Italia pelo controlo da brasileira GVT, e as implicações que o seu desfecho terá para outros negócios promete continuar a prender a atenção do mercado.

28 de Agosto de 2014 às 08:13
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Depois de se ter destacado na sessão de ontem, o sector das telecomunicações promete continuar ao rubro esta quinta-feira, 28 de Agosto, com a Telefónica e a Telecom Italia a disputar o controlo da brasileira GVT.

 

A Telecom Italia ofereceu sete mil milhões para ficar com a unidade de banda larga da Vivendi e, minutos depois, a Telefónica elevou a sua oferta inicial (que era de 6,7 mil milhões de euros) para 7,45 mil milhões. A administração da Vivendi vai reunir-se esta quinta-feira para analisar as propostas.

 

Contudo, o desfecho desta disputa poderá ter implicações em outras operações, como é o caso do interesse já demonstrado pela Oi na Tim Participações, pertencente à Telecom Italia. A Oi deverá avançar com uma oferta de compra, mas esta operação poderá estar condicionada à italiana conseguir ou não o controlo da GVT.

 

De acordo com analistas, se a Telecom Italia não conseguir ficar com a unidade de banda larga perde a oportunidade de crescer no mercado, o que poderá facilitar a venda da Tim à Oi, liderada por Zeinal Bava.

 

Esta quinta-feira, os investidores estarão ainda atentos à divulgação de alguns dados na Europa, como a inflação na Alemanha, em Agosto, o PIB espanhol e a confiança económica na Zona Euro, que deverá ter caído, de acordo com as previsões dos economistas.

 

Passando da Europa para a Ásia, os principais índices encerraram a sessão em terreno negativo, devido à valorização do iene, e à queda das acções do sector do consumo e dos materiais. O japonês Topix caiu 0,48% para 1.279,79 pontos, enquanto o Nikkei desvalorizou 0,56% para 15.447,62 pontos. Já o MSCI Asia Pacific perde 0,2% para 148,51 pontos, com cinco acções a cair por cada duas que sobem.

 

A Toyota, empresa nipónica onde três quartos das vendas são realizadas além-fronteiras, foi dos títulos que mais contribuiu para a tendência negativa do índice regional, perdendo 1% na bolsa de Tóquio.

 

A contribuir para a tendência negativa do mercado estiveram também as expectativas dos investidores quanto aos dados da produção industrial e da inflação no mês de Julho, que serão divulgados amanhã. Na China, os resultados da indústria subiram 13,5% em Julho depois da queda de 17,9% registada no mês anterior, de acordo com os dados do instituto de estatística do país, citados pela Bloomberg.

 

No mercado das matérias-primas, o West Texas Intermediate (WTI) está em queda pela primeira vez em três dias, devido à subida das reservas de crude nos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo. O preço do barril recua 0,35% para 93,55 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, e que serve de referência às importações europeias, cai 0,15% para 102,57 dólares por barril.

 

O euro regista uma subida ligeira de 0,09% para 1,3205 dólares.  

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